sexta-feira, 14 de junho de 2013

[Original - Em capítulos] Kinjirareta Asobi | Capítulo 9



Kinjirareta Asobi

Capítulo 9


Três dias depois, Camille chegou a escola levemente estressada.

- O que aconteceu? – Perguntaram Emilie e Francis, ao mesmo tempo.
- É o meu pai! Ele endoidou de vez!
- Qual é o problema agora? – Perguntou Francis.
- Ele vai me obrigar a ir a um jantar em família com o dono de uma multinacional, e ainda mandou ficar de olho nos filhos dele!
- Hahahahha!
- Qual é a graça, Emilie? Acha engraçado o meu desespero?
- Haha, não é isso. – Disse Emilie divertindo-se.
- O que é então? – Perguntou Francis.
- Fique tranqüila, você não achou estranho este jantar meio em cima da hora?
- Acho que não. Do jeito que ele está desesperado.
- Relaxa. É sobre isso que eu tenho que te avisar.
- ´Pera, agora eu é que não estou entendendo. – Disse Francis.
- Muito menos eu! – Adicionou Camille.
- Meu pai me ligou a três dias e eu acabei contando o que aconteceu, então... – Emilie contou aos amigos o que ficou decidido sobre o jantar. – E isso significa que o meu irmão virá!
- Você tem irmão?! – Espantou-se Francis.
- Pois é. Nem parece, não?
- Finalmente eu irei conhecer o seu irmão! – Disse Camille.
- E eu vou convencer meus pais a ir jantar onde este grande encontro vai acontecer. Não perco isto por nada! – Disse Francis empolgado.
- Será amanhã a noite, lá no hotel. – Informou Camille.


Chegada a hora do jantar. Camille esperava os convidados na portaria, a mando dos pais. Estava curiosa para saber qual seria a reação de seus pais ao ver Emilie. Enquanto imaginava a cena, os convidados chegaram. Descem da limusine o pai e a mãe de Emilie e um homem de aparência jovial. Ele era muito bonito, alto e possuía cabelos louros e um belo porte físico. Ele lembrava alguém que ela gostava.

- Boa noite. – Disse Camille.
- Boa noite. - Responderam os três.
- Fiquem a vontade.
- Gostaria de me acompanhar? – Perguntou o rapaz estendendo a mão.
- Adoraria. – Respondeu, aceitando o gesto.
- Renoir, fale com ela sobre ‘aquilo’. – Disse o pai.
- Nós vamos à frente. – Completou a mãe. E seguiram.
- Então, você é o Renoir, o irmão de Emilie. – Disse Camille. – Você lembra muito ela.
- Você é exatamente como a minha irmãzinha descreveu. Obrigado por amá-la, tenho certeza de que ela também a ama.
- Falando nela, Ela não vem?
- Vem. – Respondeu sorrindo. – Na verdade, ela entrou pelos fundos e está lhe esperando no toilet.
- Hum, lugar interessante.
- Mas espere um pouco para ir, para não levantar suspeitas.
- Certo. – Concordou, parecendo extremamente feliz.

Os pais de Camille ficaram orgulhosos ao verem sua sorrindo ao lado de um homem.

- Desculpe a indelicadeza de nossa filha. – Disse o pai de Emilie. – Apesar dela morar na cidade, teve um compromisso inadiável.
- Tudo bem. – Respondeu o pai de Camille. – E que belo rapaz o senhor tem! Tenho certeza de que sua filha também possui tal beleza.
- Obrigado. Sua filha, tenho certeza que, é um amor de pessoa.
- Realmente é. Apesar dela ter aprontado nos últimos meses.
- Hehe, os jovens são assim mesmo!
- Com licença, preciso ir ao toilet. – Anunciou Camille.

De longe, Francis observava toda a cena e jantava com a família. Assim que entrou no toilet, sentiu a porta se fechar, Camille foi puxada por alguém para dentro de um reservado. O de deficientes físicos, que era espaçoso e tinha uma parte que não dava para ver os pés. Ainda sem perceber quem era, ganhou um beijo. Na mesma hora descobriu quem era. Esta era a pessoa que lhe roubara o melhor beijo de sua vida, aquela que, ao final, lhe deixara sem fôlego. E ainda deixava.

- Emilie, eu... – Disse rouca.
- Pensei que não fosse vir. E você faltou a escola hoje. Passou pela minha cabeça que seus pais tivessem descoberto.
- Não, mas eles sabem que eu te vejo na escola, então mandaram eu ficar em casa hoje, por causa do jantar. Você está tão maravilhosa com este vestido, combina com você. – Emilie trajava um longo verde-escuro, que realçava sua pele branca e combinava com seus cabelos louros.
- Obrigada. E você está deslumbrante. – Camille usava um longo vermelho, com uma fenda lateral que seguia até o meio da coxa.
- Seu irmão é a tua cara, me senti como se estivesse com você.
- Assim você me deixa com ciúmes. – Disse Emilie enrubescendo.
- Não fique. Acho que sabes que é a única pessoa que eu amo.
- Sei sim. – Respondeu e beijou a namorada ardentemente. Já estavam de corpos colados, quando a mão de Emilie subiu pela fenda do vestido de Camille. Esta, soltou um gemido.
- Eu não posso demorar. – disse Camille rouca.
- Tudo bem. Depois que você sair, dou um tempo e vou. – Camille saiu.


- Você demorou. – Disse a mãe de Camille. – Deixou o rapaz esperando.
- Desculpe, aconteceu um imprevisto. – Respondeu, e ao olhar para Renoir, enrubesceu.
- Algum problema? – Perguntou a mãe.
- Nenhum. – Passado alguns minutos, Emilie chegou milagrosamente pela portaria.
- Desculpem o atraso. Peguei um engarrafamento. – disse Emilie, como se nada tivesse acontecido. Os pais de Camille levaram um susto. Não conseguiam acreditar que ‘ela’ era a filha deles. Ficaram completamente sem graça. – Renoir. Há quanto tempo! Estava com saudades. – Foi ao irmão e o abraçou.

Francis se segurou para não soltar uma gargalhada. Ele ficou a observar todo o jantar e as facetas e falsidades dos pais de Camille.


Capítulo 9 - Fim

Nenhum comentário:

Postar um comentário