domingo, 30 de junho de 2013

[Original - Em capítulos] Kinjirareta Asobi | O parque de diversões - Especial 3


O parque de diversões


Há um dito popular que diz que se você não tentar o que deseja nunca saberá se terá uma resposta negativa ou positiva. Na época em que Emilie e Camille eram apenas amigas, Emilie pensava freqüente mente nele. Mas reprimia essa ideia por que temia perder aquela amizade, já que demorara a restabelecer seu estado psicológico. Porém a vida é um labirinto onde não se sabe o que vem após cada curva. O labirinto de Emilie teve um curva, após vários quilômetros em linha reta, quando conheceu Camille. E ela mal sabia que naquele escuro caminho, onde seguia tateando as paredes, encontraria uma curva diferente.

Era mais um dia normal na escola, mas a apartir do momento que a diretora passou através da porta da sala de aula de Camille e Emilie tudo se modificou. A diretora apareceu na sala com feições tensas e preocupadas, procurando por Camille. Esta se espantou. As duas foram conversar em particular. Um certo tempo se passou desde que saíram, então Emilie decidiu procurar a amiga:
- Professor, posso ir ao banheiro? – Perguntou.
- Pode, mas não demore. – Respondeu o professor. Emilie sabia exatamente aonde ir e não estaria mentindo para o professor. Era aquele banheiro perto da escada, o lugar peferido de Camille para assuntos pessoais. Ao chegar lá, Emilie encontrou o lugar, aparentemente, vazio. Mas ela conseguia ouvir soluços vindos de um dos reservados.
- Nossa, Camille está demorando. O que será que aconteceu? – Perguntou-se em voz alta, abrindo a torneira para fingir lavar as mãos. Era uma tática que sempre funcionava se quisesse saber quem estava no reservado.
- Emilie, é você? – Perguntou uma voz fanhosa.
- Sim. E você? – Quis saber, mas em tom de brincadeira.
- Sou eu. – Respondeu Camille abrindo a portinha. Emilie se espantou ao ver a amiga chorando, com o rosto vermelho e molhado.
- Camille... O que aconteceu? – Perguntou aproximando-se.
- É que...... minha avó, ela faleceu... – Camille voltou a chorar compulsivamente.
- Ah!Eh... Eu não sei o que dizer... Meus pêsames... – Ao dizer isso abraçou a outra, que estava sentada, e ficou acariciando a cabeça da amiga. As lágrimas não paravam de rolar e eram secas pela blusa de Emilie. Esta já estava se desesperando por não conseguir fazer nada. – Por favor, pare de chorar. Se não vou chorar também. – Mas Camille nada respondeu. Desesperando-se por completo, Emilie, com os polegares, secou as lágrimas de Camille e beijou seus lábios. Para surpresa de Emilie, seu beijo não fora recusado. Quando se separaram, viu que a amiga demonstrava confusão. – Me desculpe! Perdão eu não queria.... Só estava me sentindo inútil perante a situação... – Ela não concluiu pois Camille saltara para seus braços, beijando-a novamente. Elas iriam ao chão se não fosse a parede. A essa altura Camille já passara os braços pelo pescoço de Emilie. Esta ficou assustada por ser beijada repentinamente pela pessoa que amava secretamente.


Camille não sabia que aquele ordinário dia em sua vida seria cheio de surpresas. Quando viu a diretora em sua sala de aula, logo percebeu que algo sério acontecera. Sua sala era uma das mais tranqüilas de toda escola, não havia motivo obvio para a presença da diretora ali. Antes de ouvi-la chamar seu nome, Camille teve um mal-estar. Após acompanhar a distinta senhora, ela percebeu que a situação era grave:
- Senhorita Camille, sinto ser portadora de tais notícias, mas devo lhe informar que recebi uma ligação de sua mãe avisando que sua avó faleceu esta manhã. – Informou finalmente a diretora.
- A..... – Sem mudar a expressão, lágrimas começaram a rolar involuntariamente dos olhos de Camille. – Obrigada por avisar. Poderia eu permanecer fora da classe por mais algum tempo?
- Disponha do tempo que precisar. Com licença. – Respondeu e saiu deixando Camille com sua tristeza.

A principio, Camille fora para a escada, mas se ficasse lá as pessoas perguntariam o motivo do choro. Decidiu que o banheiro era o melhor lugar. Depois de muito chorar, Camille escuta alguém entrar no tal banheiro. Conseguiu prender o choro, mas não conseguiu parar de soluçar.
- Nossa, Camille está demorando. O que será que aconteceu? – Perguntou uma voz conhecida a Camille.
- Emilie, é você? – finalmente falou.
- Sim. E você? – Perguntou Emilie sem esconder o tom brincalhão.
- Sou eu. – Respondeu Camille abrindo a porta do reservado, onde se encontrava sentada sobre a tampa do sanitário, e encontrando uma amiga com feições preocupadas.
- Camille... O que aconteceu? – Perguntou aproximando-se.
- É que...... minha avó, ela faleceu... – Revelou voltando a chorar desesperadamente.
- Ah!Eh... Eu não sei o que dizer... Meus pêsames...- disse abraçando a amiga e ficou a afagar sua cabeça. Camille sentiu que não precisava de mais nada. Ela poderia ficar ali, nos braços da amiga, chorando eternamente. - Por favor, pare de chorar. Se não vou chorar também. – Camille não conseguiu dizer uma palavra. Ela reparou quando Emilie secou suas lágrimas com os polegares, mas não conseguiu processar o que aconteceu depois. Aqueles lábios que tanto desejava possuir novamente estavam colados nos seus. Era exatamente como conseguia se lembrar. - Me desculpe! Perdão eu não queria.... Só estava me sentindo inútil perante a situação... – Camille não queria ouvir desculpas, ela só queria possuir mais e mais aqueles lábios. Não se controlando, saltou para os braços de Emilie e a beijou fervorosamente. A parede parou o que seria uma queda ao chão.


No dia seguinte, todos já sabiam que a senhora avó da Camille havia falecido. Muitos apenas por interesse diziam sentir por aquela morte. Emilie e Camille agiam como se nada tivesse acontecido. No enterro havia muita gente, pessoas que Camille nunca vira na vida. Emilie estava lá, segurando a mão de Camille. Os pais desta não gostaram muito da presença dela, mas aquela senhora que jazia agora naquele túmulo simpatizava com a jovem. Camille chorava silenciosamente enquanto aquelas pessoas estranhas falavam sobre sua avó. Quando o caixão foi descido para a cova, Camille abraçou Emilie, encostou a cabeça um pouco acima do colo, pois elas eram quase da mesma altura, e desabou a chorar e soluçar silenciosamente. Emilie, igualmente em silencio, a consolava e afagava sua cabeça com a mão que estava livre.

Os dias passavam. A lembrança daquele fatídico dia atormentava a mente das duas, porém continuavam a agir como se isso fosse insignificante. Emilie já não conseguia se controlar como antes e depois de pensar arduamente decidiu contar o que sentia.
- Camille, preciso te contar algo muito importante. – Disse Emilie subitamente. Estavam na escada sozinhas, um momento raro, já que todos ficavam com elas por serem bem populares e Francis estava de caso com uma garota líder de torcida.
- Importante... Isso parece sério. Pode falar. – Respondeu sorrindo, mas internamente estava tremula e seu coração batia apressadamente.
- É que não é algo que se possa falar aqui... – Continuou Emilie enrubescendo e mexendo freneticamente as mãos.
- Entendo. Onde você gostaria de conversar isso, então? – perguntou tentando parecer tranquila.
- Eu não sei... Por que você não escolhe? Só não pode ser um lugar muito cheio... – Respondeu tentando olhar para Camille.
- Já sei! Depois da aula nós vamos a um parque de diversões! – Anunciou animadamente.
- Mas...
- Vai ser ótimo! – Antes que Emilie pudesse protestar o sinal para voltar à sala tocou.

Ao final das aulas as duas partiram para o parque de diversões da cidade. Lá elas se divertiram, riram, brincaram. Emilie não entendia porque Camille escolhera aquele lugar que a cada minuto ficava mais cheio. Quando perguntou, ouviu que a outra apenas queria ir lá. Ao entardecer, Camille arrastou Emilie para a roda gigante. Esta se viu em uma cabine razoavelmente grande sozinha com Camille. Esta era sua chance.
- Camille, é muito importante o que tenho pra te dizer, pelo menos pra mim. – Começou Emilie.
- Estou ouvindo. – Respondeu olhando pela janela.
- Sinto muito, eu pretendia esconder isso de você para sempre. Até que “aquilo” no banheiro da escola aconteceu. – Emilie estava nervosa e seu coração batia mais rápido que nunca. Mas sentia-se meio decepcionada por Camille não parecer interessada no que ela estava dizendo. Esta olhava o cenário do lado de fora da cabine, justamente por não conseguir olhar para Emilie. Seu coração acelerava a cada palavra que escutava, porém sua expressão continuava imóvel. – Eu t...Venho sentindo isso a muito tempo... Eu te amo, há muito tempo. Eu gosto de você com todas as forças do meu ser. Até aquele dia consegui me controlar, mas ver você chorar daquela forma... eu não resisti.... – Camille escutava tudo atentamente e sentia-se feliz por finalmente ser capaz de escutar aquela declaração, mas ainda não tinha coragem para olhar para Emilie. Esta estava começando a se sentir ignorada, já que sua amada não a olhou u,a vez sequer. – então vou entender se não quiser ser mais minha amiga. Vou sim... – Camille começou a rir subitamente e então olhou para Emilie finalmente. Emilie corou.
- Hehe sua bobinha. – Deu um sorriso e parecia corada. – Eu nunca seria capaz de te odiar por causa disso. Por que eu odiaria a pessoa que me é mais cara? – Emilie ficou confusa. Camille se aproximou. E ela o fez em silencio. Parou a frente de Emilie, acariciou sua face. – Ah!Como eu gosto de você. – Ao dizer isso a beijou. A luz alaranjada do crepúsculo passava livremente pelas amplas janelas.
- Eu...
- Não diga nada. Já estava na hora de acontecer. – Camille sentou-se ao lado de Emilie, apoiou a cabeça nos ombros dela e segurou sua mão. Ficaram assim até a roda gigante dar a volta completa.
- Camille, você quer namorar comigo? – Perguntou Emilie , um pouco antes do funcionário abrir a porta.
- Quero. – Respondeu sem ao menos para pensar. Ao mesmo tempo em que Camille beijou suavemente a face de Emilie o funcionário do parque abriu a porta. Elas saíram de mãos dadas, cada uma com um sorriso no rosto. Aproveitaram o resto do que sobrava do dia.

A partir deste dia, Emilie nunca mais andou sozinha pelo labirinto chamado vida. Agora ela andava de mãos dadas num labirinto conjunto com a pessoa que mais amava.


Capítulo Especial 3 - Fim

[Original - Em capítulos] Kinjirareta Asobi | O sonho - Especial 2


O Sonho


Uma pergunta rondava a cabeça de muitas pessoas. Como Camille, uma garota bonita, com boa posição social e que vivia cercada de garotos, fora se apaixonar por Emilie, outra garota? A resposta para esta pergunta era um mistério, até mesmo para Camille, apenas aconteceu. Mas ninguém perguntava como ela descobrira tal sentimento dentro de si. Isto ocorreu há quase dois meses após o fato do carnaval.

Camille acordou no meio da noite, assustada. Ela tivera um sonho, o sonho mais estranho da sua vida. Perguntas invadiam a sua mente. Porque tivera esse tipo de sonho? E com sua melhor amiga? Atordoada, ela sentou na cama. ao olhar para o lado, viu a sua amiga dormindo tranquilamente, alheia ao acontecimento. Emilie já dormira várias vezes ao seu lado, mas naquela noite Camille sentiu algo diferente. Talvez esse "algo diferente já estivesse dentro dela a algum tempo, ela só não queria entender o que era. Agora, ela queria e muito.

A cada momento que ela olhava para Emilie, via flashes de seu sonho. Um segredo inaudível, umas risadinhas, mãos dadas. Emilie soltou um suspiro e ficou de lado, com as costas viradas para Camille. Mais um fragmento. Uma casa, um grande quintal onde procuravam por algo, um fervoroso beijo secreto, uma porta, uma pessoa. Emilie se mexeu novamente, voltou-se para Camille, que enrusbeceu levemente. Outro 'flash'. Um quase flagrante, sua avó, a porta do quarto. Uma cama, outro beijo, escuridão. Uma luz, calor, braços envolvendo seu corpo, nudez, beijo, uma declaração, uma resposta. E Camille acorda assustada. A princípio, Camille não entendera o que acontecera no sonho. Mas, aos poucos, ela começava a compreener o ocorrido. Aos poucos, só lhe restou uma dúvida. Por quê? E esta também lhe foi respondida, só que alguns dias depois.

Camille passou dias pensando no sonho. Emilie percebeu que a amiga estava diferente, mas pensou que fosse estresse, pois a escola estava fazendo os alunos de escravos com os preparativos para a culminância de um projeto. Devido ao tal projeto, elas não estavam conseguindo ficar juntas muito tempo. Nos raros momentos que a dupla conseguia se unir, sempre vinha alguém interromper. Mas naquele dia não fora uma pessoa qualquer, fora o garoto considerado mais lindo da escola, Pierre:
- Emilie, gostaria de saber como está o andamento do cenário? - Pertguntou. E sem esperar resposta, foi explicando - Porque o grupo de teatro está querendo ensaiar no auditório.
- Já está quase pronto. Quando terminarmos mando alguém os avisar. - Respondeu Emilie soirrindo. Camille se incomodava ao ver os dois conversando.
- Com licença, preciso ir a um lugar. - Interrompeu Camille e retirou-se. Ela ficou observando Pierre e Emilie conversarem. Não sabia o motivo, mas estava sentindo um ódio mortal de Pierre, vendo que ele nunca a fizera nada. "Sim", pensava Camille. "Sim, ele fez. Não, está fazendo. Está conversando com a MINHA Emilie!" - resmungou sem perceber . "Quem sabe ele não quer roubá-la de mim?" - especulou. De repente, Camille se deu conta de tudo o que pensara. Percebera que tivera uma crie de ciúmes. Mas não era um ciúme qualquer, era aquele que se sente quando se inveja o outro por estar com a pessoa que lhe é cara, desesperadamente. Aquele que te faz desejar que a pessoas que amas com todas as suas forças não fique com mais ninguém além de ti. Camille soltou uma gargalhada e chegou a sua conclusão. Todos no pátio olharam para ela, mas ela não se importou, pois o único pensamento que preenchia sua mente era: "Eu gosto dela, eu a amo." Finalmente entendera o que o sonho queria lhe mostrar. Agora, a única dificuldade que Camille teria era a de contar tal coisa a Emilie.

Bendita seja a pergunta que ninguém faz. Pois é ela que explica o que as pessoas não querem saber. Talvez elas não as pronuncie porque ficariam espantadas com a simplicidade da resposta. E são as coisas simples que complicam a mente dos seres humanos, principalmente adultos preocupados apenas com status e afins...


Capítulo Especial 2 - Fim

[Original - Em capítulos] Kinjirareta Asobi | O fato do carnaval - Especial 1

Agora vou postar os três capítulos especias de Kinjirareta Asobi. Eles se passam antes da estoria do conto.


O fato do carnaval 

Isto aconteceu antes de Emilie e Camille se tornarem amigas. Um fato que todos desconhecem... Desde que entrou em sua nova escola, Emilie reparou em Camille. No entanto, esta garota lhe parecia uma pessoa inatingível. Estava sempre cercada por pessoas, era bem popular. Emilie tinha feito suas amizades, mas não conseguia parar de pensar em Camille.

Era período de carnaval. Muitas pessoas na cidade. Escolas de samba, blocos, bailes, havia muitas para se fazer nessa época. Porém, havia um certo bloco que arrastava multidões e era nesse bloco que Emilie gostava de ir. Lá, ela conseguia não pensar nas coisas. Mas, naquele ano, ela avistou a pessoa que não saía de seus pensamentos, Camille. Emilie procurou não perder Camille de vista. Num certo momento, o bloco passou por uma parte de uma rua que não era muito iluminada e, bem nesse momento, acabou a energia. No breu, Emilie pensa "Ela não vai saber quem foi, além do mais, com esse tumulto..." , chega em Camille e a beija. Derrepente fica tudo escuro, e Camille estava confusa, ela sentiu ser puxada com leveza e ser beijada. Infelizmente, ela não conseguira ver quem a beijara. Fora o melhor beijo que já haviam lhe roubado. Além do mais, apesar de estar naquela muvuca a um bom tempo, aquela pessoa tinha um cheiro agradável. Emilie parou para pensar no que fizera. Ela beijara uma colega de classe sem seu consentimento. Estava se sentindo péssima. Pelo menos, ela havia deixado uma boa distância para que a vítima questionasse o sexo de seu aproveitador. A energia voltou. Emilie estava em um lugar fora de suspeitas. Dessa vez, Camille reconheceu Emilie, e perguntou porquê ela estava vermelha. Emilie, surpresa por ter sido reconhecida, mente dizendo que fora apalpada. Camille disse que também fora apalpada e as duas trocam lamentações. Emilie volta para casa pensando no que fizera. Camille não consegue esquecer o que aconteceu no bloco, mesmo após dias. Ela manteve esse acontecimento em segredo.

Dias após o carnaval, um belo rapaz com cara de nerd aborda Camille:
- Com licença, podemos conversar a sós? - Perguntou timidamente.
- Seja rápido, não tenho muito tempo. - Respondeu com a voz irritada.
Foram para um lugar mais resevado.
- Por favor, seja breve. - disse Camille.
- Serei. Sabe, seu segredo está seguro comigo.
- Segredo? Qual seria?
- O de que você gosta de garotas.
- E por que você acha isso?
- É que quando estava no bloco, minha câmera disparou e acabei te fotografando com outra garota.
- E dá pra saber quem era? - Perguntou parecendo mais interessada e esquecendo os compromissos. - " Então era uma garota..." - Pensou.
- Não está muito nítido, mas dá pra saber quem é.
- Então diga!
- Será que pode me fazer um favor?
- Que seja! - disse apressadamente.
- Gostaria de falar e andar com você...
- Está bem! Mas vamos fazer algumas mudanças. Primeiro, arranje uma câmera que dê para carregar no bolso. Segundo, bagunce este cabelo. Terceiro, esse óculos, se gosta de usá - lo, use uma armação mais fina. Por enquanto é só.
- Huaaaah! Que maravilha!!! Aqui está a foto. A garota é da sua sala. Vejo - te mais tarde.
- Obrigada. Até mais...

Ela pegou a foto e, sem olhá - la, colocou no bolso. Quem seria essa tal garota que era de sua sala? Questionando - se, entrou no banheiro mais próximo. Dentro de um reservado, tirou a foto do bolso e olhou. Levou um choque. A garota era aquela aluna nova, que de alguma forma chamara sua atenção, Emilie. Sentiu uma certa felicidade ao seber disso. Passado o choque, ela resolveu que iria tentar se aproximar de Emilie. Saiu do banheiro e foi procurar por ela. Estava na hora do recreio. Camille achou Emilie em um canto da escola, sozinha. Tentando demonstrar indiferença, Camille pergunta se pode se sentar ao lado de Emilie. Com uma feição espantada, ela responde que sim. Não tardou e elas começaram a coversar. Elas logo se tornaram amigas, foi algo muito natural. E aquele rapaz entrou para o grupo. Atualmente ele é bem popular. Camille não contou a ninguém o que aconteceu no carnaval. Nem para Emilie. É um fato que todos desconhecem, bem, quase todos....


Capítulo Especial 1- Fim

quarta-feira, 26 de junho de 2013

[Original - Em capítulos] Kinjirareta Asobi | Capítulo 10 - Fim

Desculpem-me a demora! E mais um conto chega ao fim o/ Espero que tenha agradado!!!

Kinjirareta Asobi

Capítulo 10 

No dia seguinte, Camille ainda ria da situação criada no jantar. E esperava ansiosamente por uma reação dos pais. A espera não foi grande. Naquele mesmo dia, seu pai foi lhe falar:

- Minha filha, chama aquela sua amiga, como era mesmo o nome dela? Ah sim, Emilie, para eu conversar um assunto sério com ela. – Disse o pai.
- Por quê? Não era você que não queria mais ela aqui em casa? – Respondeu Camille.
- Apenas chame-a, está bem?
- Está bem. – Falou. Internamente ela era consumida por uma imensa alegria. O jantar atingiu sou objetivo. Mas estava curiosa por saber que assunto sério seria. Ligou para a namorada e esta não tardou a chegar. Assim que chegou, o ambiente na sala ficou pesado.
- Bem, o que o senhor que comigo? – Perguntou Emilie, fingindo confusão.
- Como a senhorita sabe, não aprovamos o tipo de relacionamento que tem com a minha filha. – Disse o pai, sentado numa poltrona.
- Entendo perfeitamente o seu ponto e não posso fazer nada para modifica-lo. – Respondeu Emilie.
- Realmente, você não pode. Mas posso fingir que não estou vendo. Dar um de cego não deve ser difícil.
- Por que você esta fazendo isso? Depois de tudo o que falou.
- Percebi que a minha filha só é feliz quando está com a senhorita.
- Entendo...
- Mas eu gostaria que a Camille se casasse com um homem, mesmo que seja só por conveniência. – Camille olhou surpresa para o pai, não imaginava que ele diria uma coisa dessas.
- Como o senhor tem a coragem de dizer uma coisa dessas? Não vê que este tipo de atitude magoa sua filha? 
- Na posição em que ela se encontra, não tem muito que desejar ou sentir. Ela tem que aceitar o que lhe é proposto. – Camille ficara assustada, nunca vira seu pai agir daquele modo.
- Claro que ela tem que opinar, é a vida dela! Parece-me que o senhor não está interessado na felicidade de sua filha, e sim na sua conta bancária!
- Como ousa dizer isso!!! – Berrou, se levantado.
- O fato é que você não aceita e nunca aceitará que a sua filha ama uma mulher! Você queria que sua filha se casasse com algum filho de um de seus sócios, assim ficaria mais fácil para você! Mas a sua filha se apaixonou por uma garota, e pensou “Agora é o fim”, então começou a empurrar para cima dela todos os caras que tinham dinheiro. Até o meu irmão você a mandou olhar, mesmo sabendo que ele é casado! E quando descobriu que meus pais são os donos da multinacional que estava de olho, voltou atrás na sua decisão. E está sendo ‘legal’ comigo agora.
- Mas isso é um insulto! Eu nunca.....
- Concordo com ela, papai. Não acho que o que está fazendo seja para o meu bem. – Disse Camille, der repente.
- O que é isso? Um complô contra mim?
- Não. Apenas a verdade. – Disse Emilie
- Não me importa! Quero que vocês saiam daqui agora! Não quero nunca mais ver a cara de vocês na minha vida!
- Você está me expulsando de casa? – Perguntou Camille.
- Estou! – Esbravejou. – E saiam logo daqui!
- Querido você tem certeza disso? – Falou der repente a mãe, exitando.
- Tenho toda certeza do mundo. – Respondeu firme. – E você não precisa levar nada! Vá com a roupa do corpo!
- Querido!!!!!!!!!! – Se espantou a mãe.
- Agindo assim, o senhor nunca vai conseguir o que quer. – Disse Emilie. E saiu levando Camille consigo. Esta, sentia uma mistura de tristeza e felicidade. A primeira, por que seu pai a havia expulsado de casa e, a segunda, por que finalmente poderia dizer para todo mundo que a pessoa que ela mais amava era Emilie. Passou a noite toda chorando.

Camille passou a morar com Emilie. Ela nunca foi buscar seus pertences na casa dos pais, nunca voltou ao hotel. Nunca viu o pai desde então, mas a mãe acabou se acostumando e, secretamente, ia ver a filha. Na escola, seus responsáveis passaram a ser os pais da namorada. No dia do jantar, Emilie tinha mesmo um compromisso. Uma grande empresa comprou uma de suas ideias, o que permitiu que as duas levassem uma vida boa. Todos se espantaram com a novidade. No começo, houve uma certa rejeição, mas as pessoas acabaram aceitando. Era normal ver o casal Camille e Emilie sempre junto. Um dia, Emilie perguntou a Camille se ela aceitava se casar, na verdade era só para oficializar, pois já estavam juntas a tanto tempo que isso não fazia mais diferença. Casar, era uma palavra muito forte para Camille, mas era assim que ela se sentia com relação a Emilie. A vida é algo interessante, nunca se sabe o que vai acontecer no amanhã. Nunca se sabe quando uma bela e forte amizade se transforma em algo tão poderoso que não pode ser controlado pelas correntes que as pessoas céticas forjam para não enxergar a verdade. 

Fim

sexta-feira, 14 de junho de 2013

[Original - Em capítulos] Kinjirareta Asobi | Capítulo 9



Kinjirareta Asobi

Capítulo 9


Três dias depois, Camille chegou a escola levemente estressada.

- O que aconteceu? – Perguntaram Emilie e Francis, ao mesmo tempo.
- É o meu pai! Ele endoidou de vez!
- Qual é o problema agora? – Perguntou Francis.
- Ele vai me obrigar a ir a um jantar em família com o dono de uma multinacional, e ainda mandou ficar de olho nos filhos dele!
- Hahahahha!
- Qual é a graça, Emilie? Acha engraçado o meu desespero?
- Haha, não é isso. – Disse Emilie divertindo-se.
- O que é então? – Perguntou Francis.
- Fique tranqüila, você não achou estranho este jantar meio em cima da hora?
- Acho que não. Do jeito que ele está desesperado.
- Relaxa. É sobre isso que eu tenho que te avisar.
- ´Pera, agora eu é que não estou entendendo. – Disse Francis.
- Muito menos eu! – Adicionou Camille.
- Meu pai me ligou a três dias e eu acabei contando o que aconteceu, então... – Emilie contou aos amigos o que ficou decidido sobre o jantar. – E isso significa que o meu irmão virá!
- Você tem irmão?! – Espantou-se Francis.
- Pois é. Nem parece, não?
- Finalmente eu irei conhecer o seu irmão! – Disse Camille.
- E eu vou convencer meus pais a ir jantar onde este grande encontro vai acontecer. Não perco isto por nada! – Disse Francis empolgado.
- Será amanhã a noite, lá no hotel. – Informou Camille.


Chegada a hora do jantar. Camille esperava os convidados na portaria, a mando dos pais. Estava curiosa para saber qual seria a reação de seus pais ao ver Emilie. Enquanto imaginava a cena, os convidados chegaram. Descem da limusine o pai e a mãe de Emilie e um homem de aparência jovial. Ele era muito bonito, alto e possuía cabelos louros e um belo porte físico. Ele lembrava alguém que ela gostava.

- Boa noite. – Disse Camille.
- Boa noite. - Responderam os três.
- Fiquem a vontade.
- Gostaria de me acompanhar? – Perguntou o rapaz estendendo a mão.
- Adoraria. – Respondeu, aceitando o gesto.
- Renoir, fale com ela sobre ‘aquilo’. – Disse o pai.
- Nós vamos à frente. – Completou a mãe. E seguiram.
- Então, você é o Renoir, o irmão de Emilie. – Disse Camille. – Você lembra muito ela.
- Você é exatamente como a minha irmãzinha descreveu. Obrigado por amá-la, tenho certeza de que ela também a ama.
- Falando nela, Ela não vem?
- Vem. – Respondeu sorrindo. – Na verdade, ela entrou pelos fundos e está lhe esperando no toilet.
- Hum, lugar interessante.
- Mas espere um pouco para ir, para não levantar suspeitas.
- Certo. – Concordou, parecendo extremamente feliz.

Os pais de Camille ficaram orgulhosos ao verem sua sorrindo ao lado de um homem.

- Desculpe a indelicadeza de nossa filha. – Disse o pai de Emilie. – Apesar dela morar na cidade, teve um compromisso inadiável.
- Tudo bem. – Respondeu o pai de Camille. – E que belo rapaz o senhor tem! Tenho certeza de que sua filha também possui tal beleza.
- Obrigado. Sua filha, tenho certeza que, é um amor de pessoa.
- Realmente é. Apesar dela ter aprontado nos últimos meses.
- Hehe, os jovens são assim mesmo!
- Com licença, preciso ir ao toilet. – Anunciou Camille.

De longe, Francis observava toda a cena e jantava com a família. Assim que entrou no toilet, sentiu a porta se fechar, Camille foi puxada por alguém para dentro de um reservado. O de deficientes físicos, que era espaçoso e tinha uma parte que não dava para ver os pés. Ainda sem perceber quem era, ganhou um beijo. Na mesma hora descobriu quem era. Esta era a pessoa que lhe roubara o melhor beijo de sua vida, aquela que, ao final, lhe deixara sem fôlego. E ainda deixava.

- Emilie, eu... – Disse rouca.
- Pensei que não fosse vir. E você faltou a escola hoje. Passou pela minha cabeça que seus pais tivessem descoberto.
- Não, mas eles sabem que eu te vejo na escola, então mandaram eu ficar em casa hoje, por causa do jantar. Você está tão maravilhosa com este vestido, combina com você. – Emilie trajava um longo verde-escuro, que realçava sua pele branca e combinava com seus cabelos louros.
- Obrigada. E você está deslumbrante. – Camille usava um longo vermelho, com uma fenda lateral que seguia até o meio da coxa.
- Seu irmão é a tua cara, me senti como se estivesse com você.
- Assim você me deixa com ciúmes. – Disse Emilie enrubescendo.
- Não fique. Acho que sabes que é a única pessoa que eu amo.
- Sei sim. – Respondeu e beijou a namorada ardentemente. Já estavam de corpos colados, quando a mão de Emilie subiu pela fenda do vestido de Camille. Esta, soltou um gemido.
- Eu não posso demorar. – disse Camille rouca.
- Tudo bem. Depois que você sair, dou um tempo e vou. – Camille saiu.


- Você demorou. – Disse a mãe de Camille. – Deixou o rapaz esperando.
- Desculpe, aconteceu um imprevisto. – Respondeu, e ao olhar para Renoir, enrubesceu.
- Algum problema? – Perguntou a mãe.
- Nenhum. – Passado alguns minutos, Emilie chegou milagrosamente pela portaria.
- Desculpem o atraso. Peguei um engarrafamento. – disse Emilie, como se nada tivesse acontecido. Os pais de Camille levaram um susto. Não conseguiam acreditar que ‘ela’ era a filha deles. Ficaram completamente sem graça. – Renoir. Há quanto tempo! Estava com saudades. – Foi ao irmão e o abraçou.

Francis se segurou para não soltar uma gargalhada. Ele ficou a observar todo o jantar e as facetas e falsidades dos pais de Camille.


Capítulo 9 - Fim

[Original - Em capítulos] Kinjirareta Asobi | Capítulo 8

Kinjirareta Asobi

Capítulo 8


Um dia, o inevitável aconteceu. Numa bela tarde de inverno, Emilie chegou cansada a casa de Camille. Ela sentou-se ao chão, encostou-se à cama, soltou a cabeça e ficou olhando para o teto. De cima da cama, Camille entrou em seu campo de visão. Elas ficaram se olhando por um tempo.

- Você fica linda com cara de cansada. – Disse Camille beijando Emilie. Seu longo cabelo caiu de lado e ficou pairando no ar, fazendo movimentos suaves.
- Você não devia fazer isso. Seus pais estão em casa.
- Acho que eu não ligo mais. Meu desejo de ter você é mais forte do que o medo dos meus pais. – Respondeu dando outro beijo.

Nesse momento, elas ouviram o barulho de algo caindo no chão e vidro quebrando. Viraram a cabeça rapidamente e viram a mãe de Camille, com a expressão de quem vira a coisa mais assustadora do mundo.
- O que você fez com a minha filha! – Berrou a mulher.
- Eu não fiz nada, foi ela quem me beijou. – Disse Emilie calmamente, ainda sentada.
- Não! A culpa é sua! Você levou a minha filhinha para esse caminho! – Continuou gritando a mãe, sem dar ouvido a Emilie.
- Já disse que não tenho nada a ver com isso. – Reafirmou Emilie.
- Que gritaria é essa?! – Perguntou o pai, aparecendo à porta.
- Querido, nossa filhinha foi ‘atacada’ por aquele ser! – Disse a mãe correndo para o marido, e apontado para Emilie.
- Mas Emilie não é amiga da nossa filha? E como assim, ‘atacada’?
- Ela agarrou a nossa filha e... – A mãe fez uma careta. – a beijou, na boca!
- O quê?! – Esbravejou o pai. – Como ousa?
- Calma aí! Ninguém me atacou! – Interrompeu Camille gritando. – eu beijei Emilie por que eu quis, por que eu gosto dela desse jeito.
- Queridinha, você deve estar brincando, não? Se for brincadeira, nós deixaremos passar...
- Não, pai. Não é brincadeira. Emilie é a minha namorada a quatro meses. E eu planejava contar isto a vocês.
- Quando?! Não! Eu não quero este tipo de coisa aqui dentro! – Virou-se para Emilie. – E a senhorita, faça o favor de sair desta casa e nunca mais aparecer!
- E saia de perto da minha filha! Sua lésbica nojenta!
- Lésbica, sim! Nojenta, não! Pelo menos eu amo as pessoas do jeito que elas são. – Disse Emilie. – Camille, qualquer coisa, sabe onde me encontrar. – Ao dizer isso, pegou suas coisas e saiu. Os pais de Camille não esperavam uma resposta daquelas.


Emilie não visitava mais Camille. E vice-versa. Mas não podiam evitar o fato de se encontrarem na escola. Era o único momento que tinham para ficar juntas. Ainda assim, tinham que disfarçar.

- Nossa! Eles falaram isso mesmo? – Perguntou Francis, um garoto oportunista que acabou se tornando o melhor amigo de Emilie e Camille. Era o único que sabia da verdadeira relação entre as duas. Fora ele que as juntou, inconscientemente. Estavam na sala de aula.
- E ainda fizeram o maior escândalo. – Respondeu Emilie comentando.
- Mas por causa disso, toda noite meu pai tem levado seus amigos com os filhos para ver se eu me interesso por algum deles. – Disse Camille, parecendo chateada.
- Se eu estivesse no seu lugar, eu já teria pirado! – Comentou Francis.
- Mas eu só estou agüentando, por que posso vê-la sempre aqui na escola. – Respondeu Camille, abraçando a amiga.
- Hora da prova, pessoal! – Anunciou o professor.
- Quando terminar, te espero “naquele” lugar. – Sussurrou Camille ao pé do ouvido de Emilie, e foi para seu lugar.

Emilie concluiu a avaliação primeiro. Foi esperar Camille na escada do pátio, apesar de não ser o lugar marcado. Da escada dava pra ver, ao longe, uma porta: a porta do banheiro feminino. A escada já estava cheio de alunos discutindo a prova, quando ela viu uma cabeleira ondulada entrar frenética pela porta. Emilie, disfarçadamente, saiu daquele grupo que conversava animadamente e seguiu até aquela porta. O banheiro estava vazio, exceto por um par de pés num reservado. Emilie já sabia quem era, mas fez um teste:

- Ah! Como Camille está demorando, e a prova nem estava difícil! – Disse a si mesma lavando as mãos.
- E você acha que eu demoraria tanto numa prova como aquela? – Exclamou uma voz vinda do reservado.
- Eu sabia que era você, Camille. – disse sorrindo, e sem perder tempo, foi beijar a moça.
- É uma pena que só podemos fazer isso aqui. Sinto falta das tardes que passávamos abraçadas. – Disse Camille, e retribuiu o beijo.
- Eu também. – Falou Emilie, fechando a porta do reservado.

Como era um lugar pequeno, elas ficavam com os corpos colados. Mas esta era a intenção. Para ficar mais confortável, Emilie sentara sobre a tampa do vaso sanitário. E Camille sentou em seu colo, virada para frente, colocando Emilie entre as pernas. Beijaram-se por um longo tempo, trocaram carícias. Aquilo estava bom, mas precisavam se preocupar com a hora. No meio tempo que estavam lá, uma garota entrou no banheiro, bem na hora em que Emilie soltara um gemido.

- Quem está aí? – Perguntou a garota em tom de brincadeira. Como Camille e Emilie já estavam acostumadas com este tipo de interrupção, não se espantaram. Ouviu-se o som de água corrente.
- É Emilie. – Respondeu, pois eram seus pés que estavam aparecendo.
- Você sumiu da escada de repente, o que aconteceu?
- Fiquei com uma dor de barriga... – Ao dizer isso, soltou um gemido, e o motivo deste, era que Camille estava beijando e mordendo carinhosamente sua orelha.
- Hm é, isso é muito chato. Ah! Quando vir Camille, avisa que a professora de história quer falar com ela.
- Desculpa a pergunta, mas qual é o assunto? – Perguntou a pedido de Camille.
- Não sei, talvez seja sobre a formatura. Já terminei de lavar meus óculos, até mais. – Despediu-se a jovem. Ao ouvir o barulho de passos e porta fechando.
- Ouviu, a professora quer falar com você. – Disse Emilie a Camille.
- Está bem... – Falou desanimada, pois ela pensara que ficaria assim por mais tempo. Ganhou um longo beijo, saíram disfarçadamente do banheiro.


Solitária em seu apartamento, Emilie via televisão quando o telefone tocou:
- Alô?
- Olá! Como vai? – disse uma voz masculina.
- Pai! Que bom falar com você, tem acontecido tenta coisa!
- Que tipo de coisa? – Perguntou o pai, preocupado. Emilie contou a ele tudo que aconteceu. – Não fique assim, acho que posso dar um jeito nessa situação.
- Pode?
- Prepare-se, por que vamos ter um jantar entre famílias. É só fazer umas ligações e arranja-se tudo
- Isso significa que o Renoir vem?
- Também!
- Ai que bom! Estou morrendo de saudades dele!
- Hehe. Bom, preciso desligar, outro dia ligo, para passar mais informações. Beijos, até mais.
- Então ta, beijos. Até mais.


Capítulo 8 - Fim

segunda-feira, 10 de junho de 2013

[Original - Em Capítulo] Kinjirareta Asobi | Capítulo 7


Kinjirareta Asobi

Capítulo 7


O longo silencio fora quebrado.

- Você estava ótima. – Disse Emilie baixinho. – Tem certeza que foi sua primeira vez?
- Absoluta. Para falar a verdade, nem sei como eu consegui. – A voz de Camille ainda saia rouca pelo cansaço.
- Huhuh. Você é, realmente, uma pessoa interessante.
- Você fala como se esse tipo de coisa não fosse novidade.
- Hm... É por que não foi a minha primeira vez.. – Respondeu fazendo uma cara séria e, internamente, expressando dor.
- Ultimamente você tem me surpreendido muito. – Disse Camille, percebendo a expressão de Emilie. – Então, Como foi? – Perguntou curiosa e com uma certa malícia.
- Acho que eu realmente deveria te contar, se eu quiser... – Parou, pois quase disse algo que deixaria Camille assustada, e enrubesceu. 
- O que?
- Deixa pra lá...
- Agora eu fiquei curiosa!

Emilie soltou Camille, pois ainda estavam abraçadas, e sentou na cama. Olhou fundo nos olhos de Camille:

- Olha, o que eu vou lhe contar é um segredo absoluto, e é algo que venho evitando até de lembrar.
- Entendo...- Disse Camille retribuindo o olhar. – Estou ouvindo, prometo não falar nada até você terminar.

- Obrigada. – Emilie desviou o olhar para o teto, mesmo com a baixa luminosidade do quarto, pois só a luz da lua entrava pela janela. Ela não conseguiria falar olhando para Camille. – Há alguns anos, eu conheci uma garota. Nós não estudávamos juntas, mas estávamos sempre uma com a outra. Um dia ela disse que me amava profundamente, eu não soube o que dizer, mas sabia que sentia algo diferente por ela. Mesmo com vergonha, resolvi apostar naquele relacionamento. Não demorou muito e eu contei para os meus pais. Me assustei quando eles disseram que aceitavam meu relacionamento com uma garota. Com ela, vivi os melhores momentos da minha vida, até então. Nela dei meu primeiro beijo. Minha primeira vez foi com ela. Ela me ensinou muito. Com o passar do tempo, ficávamos cada vez mais unidas. Resolvemos, então, viajar juntas. No dia marcado, eu a esperei e ela não apareceu. Voltei decepcionada para casa. Quando cheguei, minha mãe me deu a notícia de que detetives encontraram uma carta endereçada a mim nos pertences de uma jovem que sofrera um acidente de carro. Imediatamente fomos ao departamento para ver a tal carta. Depois que li a minha carta, entrei em estado de choque. Nela dizia: “Emilie, sinto muito, mas não posso mais ficar com você. Até que eu gostava de você, mas agora me casarei, e não dá mais para ficar brincando de casinha. Sabe aquele cara que te apresentei como um amigo? É ele. Adeus.”. Não conseguia acreditar que a pessoa que eu tanto amei estava morta e que, ao mesmo tempo, tinha sido dispensada. Mesmo assim eu queria provas. Bem, eles não podiam me negar, já que eu tinha ligação com a vítima. Ao ver o corpo, mesmo com o rosto desfigurado, eu a reconheci, pois conhecia cada parte do seu corpo. Depois disso, entrei em depressão, não queria fazer mais nada além de ficar deitada na cama olhando o teto. No tratamento, o psiquiatra disse que seria bom se eu passasse a morar sozinha. Passei um ano e meio morando em um hotel. Depôs da morte dela, tive muitos outros relacionamentos, mas nenhum durava mais que três meses. Eu achava que nunca iria me apaixonar de novo, ser capaz de amar outra pessoa daquele jeito. Sabe o diário? – Camille acena com a cabeça  positivamente. – Foi recomendação do psiquiatra e até que ajuda bastante. Mas quando me mudei para esta cidade, a minha vida mudou. E agora estou aqui, com uma pessoa maravilhosa ao meu lado. – Olha para Camille com o rosto cheio de lágrimas silenciosas, Emilie a encontrou do mesmo jeito que a deixara. Sem dizer uma palavra, Camille se movimenta até Emilie e a abraça por trás. Mas do jeito que estavam, este gesto fez Emilie estremecer.

- Você gostava muito dela, não é? – Perguntou Camille baixinho ao pé do ouvido.
- Sim... – Respondeu Emilie com a voz rouca.
- Então, guarde as boas lembranças dela e sinta-se a vontade para lembrar e, se quiser, pode compartilhá-las comigo. Mas, por favor, faça boas lembranças comigo também. – Disse Camille gentilmente. Emilie não esperava uma resposta dessas.
- Com certeza eu farei. – Falou voltando-se para Camille e a abraçando com tanta força que caíram na cama. Emilie começou a chorar descontroladamente, em cima de Camille. Esta apenas a abraçou forte, fora o suficiente.
- Emilie, posso fazer uma pergunta?
- Pode... – Ainda chorando.
- Qual era o hotel?
- O hotel da sua família... Foi no da franquia da minha cidade. No daqui, fiquei poucos meses. – Respondeu, parando de chorar.
- Nossa! Será que não chegamos a nos ver? Não consigo me lembrar.
- Não sei se você me viu, mas eu te via sempre. Mas como você só aparecia na hora do almoço, eu achava que você ia lá só para almoçar. E eu sempre ficava em um canto, isolada. 
- Pensando bem, acho que me lembro de você, sim. Era você a garota que estava sempre olhando o aquário?
- Aquele aquário é muito lindo.
- Concordo. Sabe, de onde eu ficava sentada dava para te ver. Fiquei espantada quando te vi no colégio, no primeiro dia de aula, e mais ainda quando te vi na minha sala.
- Eu também me senti assim. –Disse Emilie saindo de cima de Camille, deitando-se ao lado dela e segurando sua mão. – Bom, já está tarde para sair, que tal tomarmos um banho e irmos dormir?
- Hum... Não quero! Quero ficar mais um pouco assim. – Respondeu virando-se para Emilie e passando o outro braço pela cintura.
- Você é quem sabe. – Ao dizer isto ganhou um beijo.

Elas passaram para debaixo do lençol e dormiram daquele jeito. Não sabiam que horas eram e nem souberam que horas acordaram. Mas quando acordaram, não trocaram palavras, mas beijos e uns ‘amassos’. Em seguida, foram tomar banho, juntas. Um banho de banheira relaxante, tão relaxante que já estavam entrando num clima completamente romântico. Sem dar tempo para nada, o interfone tocou. Meio chateada, Emilie fora atender o interfone. Eram os pais de Camille. Ela se assustou. E foi avisar a Camille.
- Camille, são seus pais!
- O quê?! Como?
- Eu também não sei! Eles já estão subindo, eu vou atendê-los e dizer que você está tomando banho. Depois você aparece, está bem assim?
- Ótimo! – Trocaram beijos e Emilie saiu fechando a porta.


Rapidamente, Emilie colocou roupas. Abriu a porta para os pais de Camille meio ofegante . Ela os convidou a entrar e quando eles perguntaram pela filha, respondeu que estava no banho. Minutos depois, Camille aparece na sala.

- Minha filha! Viemos aqui te buscar. Não agüentamos ficar longe de você! – Disse o pai. 
- Não deve ter sido difícil para você ficar tanto tempo longe da mamãe e do papai? – Falou a mãe.
- ...Foi... – Respondeu desanimada.

Emilie ficou assustada com o que acabara de ouvir.

- Obrigada por cuidar da nossa filhinha. – Disse o pai.
- Foi um prazer. – Respondeu Emilie sorrindo.
- Bem, estamos indo. – Disse a mãe. – Tchau.

Elas se despediram com abraços. Quando já estavam no térreo, Camille mentiu dizendo ter esquecido uma coisa no apartamento. Ao abrir a porta, Emilie ganha um beijo ardente de despedida. E um até amanhã.

Capítulo 7 - Fim

sexta-feira, 7 de junho de 2013

[Original - Em Capítulo] Kinjirareta Asobi | Capítulo 6

Kinjirareta Asobi 

Capítulo 6


Quando estavam no meio daquela explosão de sentimentos, novamente algo aconteceu. Não era o cheiro do café da manhã, que de fato estava entrando no quarto, mas sim, era alguém batendo a porta:

- Meninas, o café da manhã está pronto. Apressem-se. – Disse, calmamente, a mãe.

Dessa vez, não fora um banho de água fria, mas um passeio a dois pelo ártico com roupas de banho.

- Já vamos. – Disse Emilie com a voz rouca. Voltou-se para Camille, que se encontrava bem abaixo dela.. – Você está bem? Consegue se levantar?
- Estou...bem. Mas...não consigo me levantar... minhas pernas não me obedecem. – Respondeu, tentando se recompor. Levou as mãos tremulas a cintura de Emilie. – Fica mais um pouco, até me recuperar... – Sem dizer uma palavra, Emilie deixa-se cair suavemente sobre o corpo de Camille e ficou a ouvir as batidas aceleradas de seu coração. Elas ficaram assim por um bom tempo, em silêncio. Até que:

- Emilie, vamos nos trocar?
- Vamos. – Respondeu Emilie, se levantando. – Quanto tempo acha que ficamos daquele jeito?
- Eu não sei.
- Só quero ver se a minha mãe vai nos deixar tomar café depois de todo este tempo.
- Haha! Por que diz isso?
- Porque ela é uma pessoa que acredita que o café da manhã tem que ser tomado na hora certa, e, com certeza já passamos da hora.
- Entendo. Lá em casa não é assim...

Sem comentar o ocorrido, elas trocaram de roupas. Apareceram na sala e não encontraram a mesa do café da manhã. Uma mãe simpática e apressada apareceu na sala:

- Bom dia! Como vocês demoraram! Pensei que não vinham mais. O “lanche” de vocês está dentro do forno. Como já passava da hora, resolvi tirar a mesa. – Disse elétrica.
- Bom dia.
- Bom dia, mãe.

Emilie vai a cozinha buscar o “lanche” e se depara com o lençol de sua cama em sua área de serviço e seu pai mexendo nos produtos de limpeza.

- Bom dia, querida.
- Bom dia.
- Ah, Desculpe-nos o barulho e esta intromissão.
- Tudo bem. Ah! Misto-quente, quero dizer, ‘misto-morno’.
- Haha, pois é.

Emilie ficou curiosa por saber o motivo de seu pai estar mexendo nos produtos de limpeza. Deviam ter sujado algo. O quê? E com o quê? Ao se fazer estas perguntas e lembrar da noite, desistiu de perguntar. Lembrou-se da frustração que sentira mais cedo naquela manhã. Fora a segunda vez, Emilie odiava se sentir assim. Só um bom café da manhã com uma boa companhia para se sentir melhor. Voltou à sala levando o “lanche”. As duas comeram satisfeitas. Não tardou e os pais de Emilie anunciaram a partida:

- Bem, realmente precisamos ir. Temos uma reunião marcada para o horário de almoço. – Disse o pai.
- Realmente gostaríamos de ficar, mas temos umas coisas para resolver ainda hoje. – Continuou a mãe.
- Camille, foi um prazer lhe conhecer. Cuide bem da nossa filha. – Concluiu o pai.
- Até breve. – Saudou a mãe.
- Até mais. – Responderam as duas.

Em pouco mais de cinco minutos encontraram-se, novamente, a sós naquele pequeno e aconchegante apartamento. Apesar de fazer um belo dia, não quiseram sair. Então foram à locadora mais próxima e alugaram o pacote promocional de filmes. Para o almoço, ligaram para um ‘delivery’. Passaram o dia vendo filmes abraçadas no sofá. Ao final da tarde, Emilie anuncia:

- Ah! Acho que vou tomar banho!
- Hm... Vou depois.
- Certo. O que você acha de sairmos depois?
- Ótimo! Já estou cheia de ficar aqui dentro.

Camille ficou assistindo aos extras do último filme que assistiram. Emilie realmente precisava daquele banho. Ela sentiu suas energias descendo pelo ralo junto com a água que escorria do seu corpo. Camille fora avisada de que o banheiro estava livre por uma Emilie suavemente molhada trajando um roupão. “Ela fica muito sexy com cabelos molhados e roupão.” Pensou Camille. Que passou o seu banho pensando no que acontecera de manhã, talvez por isso demorara deveras no chuveiro. Ao sair, ela reparou que o apartamento estava silencioso e achou isso muito estranho. Enrolada na toalha, fora no quarto do guarda-roupas e não havia sinal de que Emilie estivera por lá. Então reparou na porta do quarto de dormir e viu um volume na cama. Quando chegou mais perto, viu Emilie dormindo profundamente. Camille começou a olhar Emilie dormindo e a reparar em pequenos detalhes. O roupão de Emilie estava entreaberto mostrando metade do corpo e as curvas que, quase sempre, ficavam escondidas por roupas meio largas. Camille olhava Emilie com tanta obsessão, que os objetos do quarto desapareceram. A única coisa que ela enxergava era Emilie. Esta estava em uma posição tentadora, seus braços estavam dobrados para cima e as pernas para o lado; o rosto estava meio de perfil. Seus longos cabelos lisos, dourados e molhados se encontravam, delicadamente, espalhados pela cama. E para completar a mais perfeita cena vista pelos olhos de Camille, o crepúsculo penetrava pela janela, dando um tom alaranjado. Ouvindo um chamado mudo, Camille foi até Emilie e a beijou intensamente. Aquele beijo transbordando sentimento despertou Emilie de seu sono.

- Eu estou sonhando?...
- Não. – Respondeu Camille voltando a beijá-la.


Instantaneamente, as mãos de Emilie foram para as costas de Camille procurando por alguma roupa, e para sua surpresa, não havia nenhuma. Camille perdera a toalha em algum momento enquanto vislumbrava a namorada. Mais uma surpresa para Emilie. As mãos de Camille, que já estava em cima de Emilie, procuravam desesperadamente arrancar o seu roupão. Por um tempo, não dava para saber quem era quem. Emilie, finalmente, conseguira explorar o lugar tão desejado, e o fez de todas as maneiras que conhecia. Camille se perguntava aonde Emilie aprendera a fazer tais coisas com a boca. Camille experimentou fazer algumas coisas em Emilie. Ela ficava excitada toda vez que ouvia um gemido de Emilie. Ela não sabia que brincar assim era tão gostoso. A cada momento, ela queria mais daquela brincadeira proibida. Muito tempo depois, ao término de toda aquela sagacidade, estavam molhadas de suor, mas não sabiam de quem era o suor. Abraçadas, uma de frente para a outra, ficaram até recuperar as forças.

Capítulo 6 - Fim

quinta-feira, 6 de junho de 2013

[Original - Em Capítulo] Kinjirareta Asobi | Capítulo 5

Kinjirareta Asobi

Capítulo 5

Camille levou um susto. Vindo de Emilie, um diário era a última coisa que ela poderia imaginar. Não resistiu e começou a folheá-lo. Quando identificou seu nome em umas das páginas, parou para ler.
“Como sempre, o primeiro dia de aula foi um tédio. Mas dessa vez, eu conheci uma garota que me encantou. Seu nome é Camille e eu não tenho palavras para descrevê-la. Além do mais, ela parece inatingível e está sempre cercada de pessoas. Amigos, e eu ainda não fiz nenhum...”

-Como se aquelas pessoas fossem amigas... – Pensou Camille mudando de página.

“Já não consigo mais me concentrar nas aulas. Não consigo para de pensar em Camille e para completar o meu sofrimento ela pertence a minha turma deste ano. Acho que estou... (mas que droga! Ainda não consigo escrever esta palavra...). Acho que vou cometer uma loucura...” E Camille avançava, cada vez mais espantada com o que descobria.
“Ai, ai, ai porque eu fiz aquilo? Bem, eu disse que cometeria uma loucura, mas beijá-la? Acho que foi demais. Mas foi tão bom, seus lábios eram exatamente como eu imaginava. Gostaria de saber o que ela achou. Eu realmente estou...(não consigo escrever ò.ó). Mudando de assunto, arranjei um apartamento! Me mudo daqui a duas semanas. Finalmente vou me livrar do tédio do hotel...”

-Hum...então ela morava em um hotel antigamente. Que hotel seria? – Pensou Camille, e continuou a ler o diário algumas folhas a frente.

“Me mudei para o apê, ele é pequeno e aconchegante, do jeito que eu gosto. Agora é só arrumar as coisas, e isso vai ser demorado e cansativo. Ah! Como estou feliz! Hoje, a Camille veio falar comigo e eu nem sei por quê...”

- Hehe, quem sabe algum dia eu te conte o porquê. – Pensou Camille e continuou a ler.

“Nossa, arrumar o apartamento está me saindo mais difícil e cansativo do que eu imaginava. Tenho dormido bastante. E por falar em dormir, eu tenho ma novidade! Estou frequentando a casa de Camille! E parece que nos tornamos melhores amigas (?). Passamos a maior parte do tempo no quarto dela, conversando. E quando ela sai para algum lugar, o banheiro por exemplo, eu acabo dormindo na cama dela. Adormeço sentindo o seu cheiro, e quando eu não adormeço me vem a cabeça coisas que eu não deveria pensar...”

- O que será que ela pensa quando está na minha cama? – Se perguntou Camille, e a resposta veio logo.

“Tem uma frase que não sai da minha cabeça. ‘I want to fuck her!’ é o que o meu corpo diz, mas consigo me controlar. Só não sei até quando...”

- Nossa, ela gostava de mim desde o começo!

“...Eu fiz de novo! Eu a beijei novamente, só que dessa vez foi no banheiro da escola. Ela estava chorando e eu estava desesperada, porque eu não podia fazer nada, aí eu o fiz. Eu pensei que ela fosse me dar um tapa, mas quando eu a soltei pedindo desculpas, ela me agarrou e me beijou. Foi o momento mais feliz da minha vida...”

- Foi o meu também.

“Depois do que aconteceu no banheiro, eu não podia esconder mais nada dela. Então, chamei-a para conversar, ela perguntou para onde íamos, eu respondi que ela poderia escolher. Nós fomos a um parque de diversões. Mas que lugar para se ter uma conversa séria... Conversamos na roda gigante. Eu fiquei muito nervosa, ela parecia não estar escutando, mas quando eu terminei de falar, ela se virou e começou a dizer...” Nesse momento, Camille ouviu o barulho de alguém entrando no quarto. Era Emilie, que ficou branca ao ver seu diário aberto entre as mãos de Camille. Esta estava sentada ao chão, encostada na parede:

- Emilie! Eu sinto muito, eu não queria...
- Tudo bem. – Disse Emilie, fechando a porta e trancando-a. Em seguida, foi sentar-se ao lado de Camille. – Você deve ter lido bastante coisa e devia estar tão interessante que você até se esqueceu de colocar a roupa. – Continuou, apoiando a cabeça no ombro de Camille. Era verdade, ler o diário de Emilie estava tão interessante que Camille se esquecera da roupa, ainda vestia a camisola.
- Me desculpe. – Disse Camille segurando a mão de Emilie. – Mas ler estas coisas me deixou um tanto quanto feliz. Sabe, eu pensei numa coisa a noite toda que eu gostaria que acontecesse.
- Eu também pensei em algo a noite toda, eu pensei em... – Não concluiu a frase, pois Camille a beijara. Havia algo diferente naquele beijo, Emilie era capaz de sentir. E isso despertou o desejo nela.


Emilie levou, inconscientemente, uma das mãos a alça da camisola de Camille e a puxou. Fez o mesmo com o outro lado. A camisola deslizou pelo tronco de Camille, deixando-a semi-nua. Emilie começou a beijar o pescoço e foi descendo. E suas mãos tateando o corpo de Camille. Descendo. Parou um momento, e observou os seios de Camille, esta já estava completamente atordoada. Emilie lembrou-se de como fora difícil se aproximar “deles” e agora “eles” eles estavam “dando sopa” e pareciam tão carentes... Emilie não esperou nem mais um segundo e começou a beijá-los fervorosamente, como se o fizesse a boca de Camille. Elas estavam experimentando algo novo, pelo menos Camille estava.

Capítulo 5 - Fim

[Original - Em capítulos] Kinjirareta Asobi | Capítulo 4

Kinjirareta Asobi

Capítulo 4

O dia fora realmente divertido. Camille foi encantada com pais de Emilie. Além de deixá-la morar sozinha e aceitar com naturalidade sua "condição", ainda se preocupavam e vir visitá-la sempre que podiam. Isso remeteu a Camille um pensamento: ela ainda não contara aos pais que emilie era, na verdade, sua namorada. Porém, sabia que se o fizesse seria, no mínimo, proibida de ver Emilie ou, no máximo, seria desertada e expulsa de casa.
Eles tiveram que tomar cuidado com as palavras, pois só andaram por lugares que só havia conhecidos. Principalmente na hora do almoço, que fora no hotel cinco estrelas mais famoso da cidade. Fora também um momento de descoberta para Emilie:

- Boa tarde, Senhorita Camille. – Disse um funcionário do hotel.
- Boa tarde... – Respondeu Camille desanimada.
- Camille, como é que ele sabe o s....? – Perguntou Emilie, mas foi impossibilitada de concluir a frase por Camille.
- O meu nome? – Continuou Camille indiferente. – É que.. – Hesitou. – Minha família é... dona deste hotel. – Concluiu sem emoção.
- Quê?! – Espantou-se Emilie.
- Desculpe por não ter te contado antes, é que eu não gosto de falar sobre isto.
- Tudo bem. – Respondeu sorrindo.
- Se soubesse desse detalhe, não teria sugerido vir almoçar aqui. – Disse a mãe.
- Em todo o caso, vamos agir como o combinado. – disse o pai.

Eles pediram um prato com um nome estranho, mas que era muito saboroso.


Voltaram ao apartamento tarde da noite:

- Já está muito tarde para ir para o hotel. – Disse o pai.
- É verdade. – Concordou a mãe. – Então vamos dormir aqui.
- Certo... – Disse Emilie fazendo uma cara de desanimo, que só Camille percebeu.
- O que foi Emilie? – Perguntou Camille em um tom que só Emilie ouviu.
- Hmm...Logo, logo você vai saber. A propósito, nós vamos dormir no quarto do computador.
- Por que seus pais vão dormir na cama, certo?
- É isso aí! – Respondeu Camille sorrindo.

Elas se trocaram, disseram “boa noite” aos pais de Emilie e foram dormir. Camille e Emilie dividiram um colchonete de solteiro, mas isso não era problema, pois elas sempre dormiam abraçadas de uma forma que ocupava pouco espaço. Emilie fez uma expressão de quem esquecera algo. Foi até uma das gavetas do móvel e tirou um mp3 com dois fones.

- Para quê isso? – Perguntou Camille, sentada no colchonete.
- Para ouvir esta noite... Sempre que eles dormem aqui, eu escuto música. Mas, músicas bem barulhentas.
- Por quê? – Perguntou Camille e a resposta foi instantânea, sem dar tempo para Emilie responder. E esta já abrira a boca para falar.

Começou a vir do quarto ao lado uns gemidos. Inicialmente, eles eram baixos, mas foram aumentando gradativamente. Pouco tempo depois, começou-se a ouvir o som de algo batendo na parede, junto com os gemidos. Camille percebeu o que estava acontecendo e ficou meio sem graça. Aceitou os fones rapidamente.

- Quando eles começam, não param tão cedo. – Acrescentou Emilie.

Foram dormir escutando heavy metal. Aqueles sons vindos do outro quarto misturados a musica eram um tanto quanto excitantes aos ouvidos de Camillel. E para deixar o conjunto mais perfeito, Camille sentia as mãos de Emilie em volta de sua cintura, os seios sendo comprimidos pelas suas costas e o cheiro inconfundível, que outrora sentira em uma rua escura e abafada no carnaval. O pensamento de ter seu corpo explorado por Emilie, perseguiu a cabeça de Camille a noite inteira. Camille mal conseguiu dormir.

O sol entrava pela janela, penetrando pela especa cortina. Emilie acordou, encontrando Camille a observando intensamente.

- Bom dia.
- Bom dia. – Respondeu Camille. – Estava esperando você acordar para ir me trocar. Posso usar uma roupa sua de novo?
- Pode pegar. – Disse Emilie meio sonolenta.
- Obrigada! – Falou, beijou-a e levantou.

Já no outro quarto, procurando, em uma das gavetas, algo para vestir, Camille encontrou um objeto curioso. Um caderno, e na contracapa dizia: “Diário da Emilie”.

Capítulo 4 - Fim

terça-feira, 4 de junho de 2013

[Original - Em capítulos] Kinjirareta Asobi | Capítulo 3


Kinjirareta Asobi

Capítulo 3


Camille percebeu que estava sendo observada. Parou de se trocar, usava apenas roupas íntimas. Emilie parara há tempos. Usava somente uma peça íntima.

- O que foi? – Perguntou Camille.
- Nada... – Respondeu Emilie.
- É mentira! Você não me engana. – Disse se aproximando.
- Você está enganada! – Disse levemente enrubescida, passando por Camille.

Camille segurou Emilie pelo braço e a abraçou por trás. Emilie estremeceu àquele contato repentino. Sentir o calor do corpo de Camille a fez ferver ainda mais.

- Eu estou tão feliz! – Disse Camille.
- Hã?!
- Estou feliz por ver como você se sente a meu respeito.

Camille virou Emilie e a abraçou novamente. O contato corporal foi ainda maior. Emilie quase não conseguia se segurar. Ela começou a tatear as costas de Camille. Encontrou o fecho do sutiã e, sem pensar muito, o abriu.

- Você não precisa disso para usar o vestido... – Disse Emilie baixinho.
- Certo. – Falou Camille soltando Emilie, tirou a peça sobressalente e voltou a abraça-la.

Sentir o corpo quente e macio de Camille foi a gota d´água. Emilie escorregou as mãos para a cintura de Camille e começou a beijar seu pescoço, descendo até a clavícula. Camille começou a soltar gemidos quase inaudíveis e apertar as costas de Emilie com as mãos. Neste exato momento, pela fresta da porta, o cheiro do café da manhã invadiu o pequeno quarto, bacon e ovos. A fome por algo que pudesse encher seu estômago fez Emilie parar, e coincidindo com isso, batem a porta:

- Meninas, o café está pronto. – Disse uma voz feminina.
- Já vamos, mãe. – Respondeu Emilie como se tivesse levado um balde de água fria, porém, seu coração estava acelerado, assim como o de Camille.
- Não demorem, se não focará frio.
- Está bem. – Respondeu. Em seguida, ouviu – se passos se afastando.
- Já sei o que vou vestir. – disse Emilie soltando Camille. Esta parecia ainda estar anestesiada com aquela demonstração de amor.
- Emilie, suas costas! Sinto muito... – Disse fazendo uma expressão triste.
- É, parece que não vai dar para usar uma blusa de alça. – Disse sorrindo. – Não se preocupe, logo some, já estou acostumada.
- He?! – Camille se assustou.
- Hehe, algum dia te conto.


Sem muita demora, elas apareceram na sala, onde tinha uma bela mesa de café da manhã as esperando.

- Desculpe – nos a demora. – Disse Emilie.
- Desculpe por ter saído naquela hora sem me apresentar. Sou Camille, amiga da escola e na.... – exitou e olhou para Emilie.
- Tudo bem, eles já sabem. – disse Emilie sorrindo. – Eu já falei de você para eles.
- Na verdade, estávamos loucos para conhecer a namorada da nossa filha. – disse o pai.
- Ainda mais quando a decisão de nos apresentar a você partiu de Emilie, geralmente é o inverso. – Continuou a mãe.
- Verdade? Disso eu não sabia. – Disse Camille, dando uma espiada em Emilie. Ela estava vermelha, era um bom sinal.
- Bem, vamos comer? Já esta esfriando. – disse a mãe.

Todos saborearam o delicioso café da manhã preparado pela mãe de Emilie.

- Agora, vamos todos sair! – Anunciou o pai. – Já que viemos passar o dia com a nossa filha e sua namorada, o tempo é precioso.


Capítulo 3 - Fim

segunda-feira, 3 de junho de 2013

[Original - Em capítulos] Kinjirareta Asobi | Capítulo 2


Kinjirareta Asobi 

Capítulo 2


- Você mora aqui sozinha Emilie?
- Sim. Meus pais viajam pelo mundo por causa da empresa, mas sempre que podem aparecem para me ver. E meu irmão mora no exterior.
- Você deve se sentir sozinha…
- A maior parte do tempo estou com você, então não me sinto só. Mas quando estou só, eu penso em você e isso me basta.
- E antes de me conhecer?
- Mudei- me para cá depois de lhe conhecer. Foi naquela época em que eu acabava dormindo na sua cama.
- Hmm, interessante…
- Bem, já está tarde, que tal irmos dormir?
- Certo, certo. Mas quero usar uma roupa de dormir sua e dormir pertinho de você. – Disse sorrindo.
- Está bem. – Respondeu sorrindo, abraçando-a suavemente e beijando-a. – Mas já vou avisando que minhas roupas de dormir são grandes e largas, eu não gosto de nada me apertando. Quanto a cama, não se preocupe ela é bem grande, é que gosto de espaço, e dividi- lo com você será um prazer. – Ainda abraçadas.


Após trocarem de roupas, foram direto para cama e trocaram suas últimas palavras do dia:
- Boa noite, Camille.
- Boa noite, Emilie. – Respondeu envolvida nos braços de Emilie.
- Emilie…
- Sim?
- Eu te amo.
- Eu também te amo, Camille. – Sorriu e a beijou.
Dormiram bem e felizes como um casal recém – casado. Até de manhã, quando Camille acordou nos braços de Emilie:
- Bom dia, Camille. – Disse sorrindo
- Bom dia, Emilie. – Abriu um sorrizo e a beijou.
- Bem, agora vou levantar e fazer nosso café da manhã.
- Ah… Fica mais um pouco vai?
- Só mais dez minutos.
- Oba!

Após pouco mais de dez minutos, Emilie levantou para fazer o café, mas parou no corredor. Camille também havia levantado, foi até Emilie distraidamente e a abraçou por traz. A manhã trouxera hóspedes inesperados. Emilie fez uma cara de espanto. Ela não sabia o porquê aquelas duas pessoas estavam em sua pequena sala. Camille não estava entendendo o que estava acontecendo e não sabia quem eram aquelas pessoas, mas a mulher lhe lembrava alguém. Como se despertasse de um estado anestésico, Emilie pergunta:

- Pai, mãe! O que estão fazendo aqui? – Espantada.
- Bem, nós viemos a cidade tratar de alguns negócios, então resolvemos passar por aqui para lhe ver. – disse o pai.
- Desculpe – nos por ter vindo sem avisar, decidimos isto de última hora. – disse a mãe.
- Hm… Pai? Mãe?… – divagou Camille meio desnorteada – Emilie eles são seus…? – Emilie balança a cabeça afirmando – Ai! Eu não quero conhecer seus pais, nem quero que eles me conheçam, de pijama!
- Hm… Certo, com licença… – Camille pega Emilie pela mão.
- Tudo bem. – disse a mãe sorrindo.

Elas se dirigiram ao quarto do guarda – roupas. Já desperta, Camille começa:

- Por que não me disse que eles vinham? – perguntou sem alterar a voz.
- Eu não sabia também, por isso fiquei tão surpresa quanto você. Além do mais, eles sempre avisam quando vem, não faço idéia do porquê de não terem avisado dessa vez.
- ….Desculpe….Mas, será que pode me emprestar um roupa sua? Não estou afim de usar as minhas. Por que foi a mamãe que as escolheu…
- Claro! O que você quer vestir? – perguntou sorrindo.
- Não sei… Qualquer coisa… Ah! Já sei! Por que você não escolhe? – sugeriu.
- Está bem. – Concordou. Foi até o guarda – roupas e pegou um vestido com delicadas estampas florais que combinavam com os olhos de Camille. – Este é perfeito para você.
- Nossa! Que lindo! Eu nunca te vi usando este vestido.
- Não gosto muito de vestidos, mas os tenho para alguma ocasião que precise.
- Você deveria usá – lo mais vezes, ele fica uma graça em você.
- Hehe.

Elas começaram a se trocar. Emilie começou a observar Camille. Analisando cada parte do corpo, começando pela cabeça. Seus cabelos ondulados, aqueles olhos expressivos, aquele nariz delicado, aquela boca que amava beijar, um pescoço esguio ligado a um tronco esbelto, aqueles seios perfeitamente proporcionais ao resto do corpo. Das curvas do abdome, os olhos de Emilie foram escorregando suavemente, fazendo uma pequena pausa no ventre de Camille. “Um lugar que ainda não explorei…” pensou. Terminando sua expedição visual no belo par de pernas e pés, tão delicados quanto as mãos. Ah, aquelas mãos que lhe causavam arrepios na espinha quando lhe tocava. Emilie sentiu fome, fome de Camille.
Capítulo 2 - Fim

[Original - Em capítulos] Kinjirareta Asobi | Capítulo 1

Esta é minha primeira fic em capítulos. Foi escrita em 2007. Ainda lembro de alguns momentos em que a estava escrevendo, principalmente durante as aulas hauhauahu
É uma fic bem curta, com dez capítulos curtos e três especiais. Tinha planejado escrever um quarto especial, ainda me lembro do que iria escrever nele, mas nunca cheguei a fazê-lo.
Kinjirareta asobi significa brincadeira proibida em japonês. Peguei da primeira música que gostei de uma banda japonesa chamada Ali Project. Mas a estória não tem nada a ver com a letra da música.
Classificação: 16 anos.
Gênero: Yuri, romance, relacionamento, amizade, cotidiano.
Sinopse: Emilie e Camille namoram secretamente. Na festa de aniversário de Camille, a mãe da mesma permite que a filha passe o fim de semana na casa da 'amiga'.


Kinjirareta Asobi 

Capítulo 1

Emilie estava na casa de Camille fazendo um trabalho, em dupla, para a escola. Estava sentada na cadeira do computador e Camille em pé ao seu lado e, por alguma razão, vigiando a porta. Devagar, Emilie se levanta, abraça Camille e tenta beijá-la:
- Oh! Por favor, não faça isso aqui. Meu pai está em casa. – Sussurrou.

- Uhm… Está bem… – Voltando a se sentar.

- Amanhã é a festa (idiota) que meus pais prepararam para meu aniversário. Você vai? – Perguntou Camille.

- Se me convidarem, eu vou. – Piscando os olhos.

- Eu faço questão!

- Mas eu não sei aonde é.

- Tudo bem, passa aqui que o Fox te leva, eu vou falar com ele.

- Sim senhora! – Sorrindo.


No dia seguinte, Emilie chega arrumada a casa de Camille. Ela e seus pais já estavam de saída. Por alguma razão, os pais de Camille não gostam muito de Emilie, mas graças a ela, sua filha parece estar muito feliz. Antes que Emilie pudesse entrar na casa, tocam o interfone. Eram amigos de Camille querendo saber aonde era a festa. Ao entrar na casa, Emilie encontra Fox sentado no sofá, fumando:

- Você não vai me levar?

- Por que você quer ir? Não está satisfeita em vê-la todos os dias?- Descruzando as pernas finas.

- Não!!! Hoje é um dia muito importante. Tenho certeza de que se eu não for, ela ficará muito magoada. Além do mais, Camille é uma pessoa muito importante para mim, e eu gosto de fazer pessoas importantes felizes.

- Uhmmm…… Está bem, então vamos.


Quando Emilie chegou ao restaurante, Camille veio em sua direção:

- Nossa, pensei que não vinha mais! – Abraçando-a.

- É, eu tive uns contratempos.

- Haha. Além do mais, eu não queria começar sem você. Venha, sente-se ao meu lado. – levando-a pela mão.


Serviu-se o jantar. Quase no fim, Camille se retira alegando ir ao toilet, porém devido a sua demora Emilie vai atrás dela. No toilet, ela encontra Camille, a ponto de chorar, em um reservado:

- O que foi Camille? – Abaixando-se a frente de Camille.

- Eu não queria isso. Eu não queria essa festa idiota!

- Oh, por favor, não chore. Se chorar vai borrar a maquiagem. – Sorrindo.

- Não me importo. Isso aqui está um tédio!

- Então, por favor, – Levantando e fechando a porta do reservado – faça um esforço, por aquelas pessoas que estão lá, pelos seus pais, por essas pessoas que gostam e amam você. E por mim, que te amo mais do que todas elas juntas, e que só querem te ver feliz. – Sorrindo, curva-se e a beija – Está bem?

- Está bem, mas deixe-me retocar a maquiagem.

- Haha.


Elas retornaram juntas do toilet. A mãe de Camille observa tudo, exceto a parte dentro do banheiro. Num segundo momento da festa, havia uma discoteca. Camille estava sentada em uma cadeira afastada, então Emilie vai tentar animá-la. A mãe de Camille observa:

- O que foi dessa vez?

- Ainda estou entediada…

- Ânimo garota! – Pegando nas mãos de Camille – Anime-se, afinal é seu aniversário. Venha, vamos dançar com o resto do pessoal. – leva-a pela mão para a disco.


Ao final da festa, a mãe de Camille foi falar com Emilie:

- Por ter se comportado bem, ter cuidado e sido amiga da minha filha, a senhorita ganhou um prêmio.

- O que a senhora quer dizer com isso?

- Eu e o meu marido vamos ficar fora da cidade por três dias. Iríamos deixar Camille em um hotel, mas como vimos o seu apreço pela nossa filha, decidimos que ela ficará em sua casa. Portanto, cuide bem dela.

- Será um prazer. – Sorrindo.

- Aqui está a mala dela. – Acenando para um subalterno trazer a mala. – O motorista te leva em casa.

- Ah!, não se preocupe, já chamei um táxi.

- Está certa disso?

- Sim, estou.

- Está bem então….

O táxi chega e aqueles pais se despedem da filha. Ele as leva para um pequeno, organizado e solitário apartamento.

Capítulo 1 - Fim

domingo, 2 de junho de 2013

[Original - Em capítulos] Como fazer um filme sobre amor verdadeiro | Capítulo 30 - Fim

Aqui acabo mais um original em capítulos. Ainda tenho mais umas poucas coisas para postar antes de me esgotarem meus contos hahaha Espero que tenha agradado^^

Como fazer um filme sobre amor verdadeiro


10- Tenha certeza de certos detalhes que farão de seu filme um filme sobre amor verdadeiro.


Isso aconteceu há muitos anos. Quando Audrey e Janeth não sabiam que seriam famosas; quando Lúcia sentia ódio de Catherine; quando Pamela e Lara eram somente bebês; quando Luci era apenas um ajudante em um estúdio de filmagem. Era o último dia de gravação de um filme cuja estória era de duas famílias que dividiam sem querer uma casa alugada no verão. Foram várias semanas de gravação muito divertidas. Todo o elenco se dera muito bem e quase não houve discussões. E tinha duas garotinhas que ficaram muito próximas uma da outra. Elas se davam muito bem, apesar de terem uma diferença de quatro anos entre elas. A garotinha mais velha pegou a mão da mais nova e a levou para um lugar no estúdio onde não as veriam.
- Rey, hoje é o último dia. – Disse a mais velha.
- Isso quer dizer que não vou poder mais brincar com você, Jane? – Perguntou a mais nova com a voz meio embargada.
- Sim. Vou sentir sua falta, Reyzinha. – Disse abraçando a pequena. – Mas acho que você vai se esquecer de mim logo, logo. Você é tão pequenininha.
- Não! Eu não vou esquecer a Jane! – Protestou a ruivinha. Saindo dos braços da outra e fazendo a mesma se inclinar. – Eu gosto muito da Jane, eu não vou esquecer! – Ao dizer isso, deu um selinho na, não tão mais velha, Jane. Claro que a moreninha sabia que fora algo puro e inocente, mas mesmo assim se assustou. Não era tão mais velha que Rey, mas já tinha idade suficiente para ter pensamentos impuros. Depois de se recompor:
- Rey, obrigada por gostar tanto de mim. – E deu um sorriso. – Vamos voltar que devem estar procurando pela gente.
- Tá! – E as duas voltaram de mãos dadas para a festinha de despedida que estava acontecendo no estúdio. O que elas não sabiam era que acabaram sendo vistas. Não foi intencional, mas acabou acontecendo, já que o ajudante estava fazendo uma checagem de cabos. Mas acabou que com o passar do tempo ambas esqueceram-se do ocorrido. Jane voltou para seu país e Rey até tinha pedido a seus pais que chamassem sua querida Jane pra lanchar em sua casa, mas eles não o fizeram porque a moreninha estava em outro continente. Uma coisa era certa, elas nunca se esqueceram uma da outra. O tempo passou e coisas irrelevantes como nomes acabaram sendo esquecidos.


Fazia um sol escaldante e ainda tinham que terminar algumas cenas para completar o filme. Bem, talvez fosse melhor continuar com a história do filme, apesar de pensar que isso não faz muita diferença e não vai adicionar coisas ao relacionamento de Audrey e Janeth. Talvez um ciuminho indiferente as cenas em que Sophie e seu marido trocam carícias, nada muito profundo. O fato é, Sophie havia ido àquele hotel para sua lua de mel simplesmente porque seu marido era funcionário da franquia em outro lugar e ganhara a estadia como premio de promoção. Como todo premio de emprego, ele teria que fazer um treinamento no hotel de meio período, e a instrutora era uma mulher arrebatadora. Na noite do primeiro dia, a enfermeira conheceu Kátia. Uma linda mulher que não disse o que era no hotel. Ela era um amor, simpaticíssima, até dizer que era lésbica na terceira noite. Sophie se espantou um pouco, mas se acostumou ao ver que a outra não demonstrava nenhum interesse além da amizade. Mas no quinto dia, pegou seu marido aos amassos com a instrutora. E sem perceber acabou beijando a sua nova amiga, mas talvez ela quisesse fazê-lo. Sentia-se confusa, mas deixou as coisas acontecerem, e gostou, só não queria admitir. Enquanto isso, Kátia se sentia extremamente confusa. Aquela ruiva era maravilhosa, uma ótima companhia, Só que se sentia irremediavelmente atraída por ela. No dia que fora beijada, não conseguiu mais se segurar. Mais alguns dias se passaram e as duas continuavam a se encontrar a noite na sala de banho. No entanto, o dia em que Sophie partiria estava chegando e ela não sabia o que fazer. Já não deixava mais o marido se aproximar, no dia em que o pegou a traindo, tiveram uma briga e a ruiva o evitava o máximo. Porém, também não admitia que estivesse apaixonada pela Kátia. Sophie sempre via a morena no saguão do hotel, ás vezes entrava numa porta em algum lugar perto do balcão e ficava lá por horas, ás vezes era conversando com os hóspedes. Mas Kátia estava sempre com um rapaz, algo meio parecido com um assistente. Sempre que os dois estavam juntos, Kátia parecia relaxada e sempre contente. Sophie se sentia estanha com relação a cena. Sempre que era pressionada por Kátia a tomar uma decisão, Sophie enrolava e não dizia nada. Kátia também não insistia. A ruiva só conseguiu colocar seus sentimentos em ordem, quando uma hóspede loura magnífica foi conversar com a morena no saguão e ficou dando em cima dela descaradamente e ela estava bem receptiva as investidas. Era tudo muito descarado, só não percebia quem não queria. Kátia sabia que tinha que deixar a cliente fazer tudo que queria, mas só até certo ponto. Não era legal se envolver com este tipo de pessoa, ainda mais se for hóspede do hotel. Além do mais, ela estava apaixonada por Sophie e não era a mesma mulher insistente que ia fazê-la trair seus sentimentos. Insistente sim, ela sempre ia ao hotel para dar em cima de Kátia, e esta nunca aceitou mais que provocações da outra, nem quando nao estava amando ninguém. Foi aí que Sophie percebeu o que sentia, aceitou Kátia como seu grande amor. Mas já era tarde demais, e ela ainda tinha o hospital em que trabalhava e não queria deixá-lo sem mais nem menos. A ruiva decidiu voltar ao seu país e colocar todas as outras coisas da sua vida em ordem antes de voltar a Grécia. E comunicou a morena a sua decisão, mas não disse que a amava. Kátia se mostrou impassível a decisão de Sophie. A grega levou o casal recem-casado-separado ao aeroporto. O ex-marido voltava com um novo emprego e a ex-esposa com um outro objetivo em mente. Kátia sofria, mas não queria deixar transparecer. Quando voltava para o hotel, sentiu seu celular vibrar. Era uma mensagem que dizia "Te amo, Sophie". Tudo mudou. Teve uma idéia. Ia fazer um mês que Sophie tinha voltado e a única coisa que não conseguira resolver fora a questão do hospital. Estava em seu horário de descanso quando uma colega de trabalho apareceu dizendo ter uma emergência. O acidentado estava em estado grave e esperava na sala de emergência. Sophie não pensou duas vezes, todo paciente era importante. Ao chegar na sala, depara-se com ninguém menos que Kátia encostada na mesa com um sorriso tímido. A ruiva pergunta onde está o paciente e a morena responde "ele esta bem aqui", apontou na direção de seu coração "esperando pra ser tratado com carinho". Sophie sorri e vai ao encontro da outra.

Tudo bem, concordo que o filme não é lá grandes coisas, mas dá pra se divertir. Mas isso é minha opinião, qual é a de vocês? Em se tratando se Audrey e Janeth, pode-se dizer a vida delas apenas começou, assim como a de Kátia e Sophie. Antes mesmo das gravações terminarem tornou-se de conhecimento geral que as duas estavam namorando. Apesar da fama, ninguém realmente sabia que Janeth era lésbica, mas agora ela não se importava com isso, já que estava ao lado de quem amava e ambas se suportariam. Assim que terminaram as gravações, resolveram ir morar juntas e por incrível que pareça nem houve muita decepção por conta dos fans. E pelo fato de duas atrizes que interpretaram dois papéis principais apaixonantes se apaixonarem o filme levou muita gente ao cinema.

Sentadas no sofá de sua casa, Janeth e Audrey viam as notícias sobre a repercussão do filme. Audrey que estava deitada com a cabeça no colo de Janeth, levantou, ficando ao lado de sua amada.
- Parece que o filme vai bem, né, Jane?
- Sim. Muito melhor do que imaginava, pra dizer a verdade, Rey. – E deu uma risadinha. Janeth aproximou o rosto, podendo sentir a respiração de Audrey. Num impulso, a ruiva deu um selinho na morena.
- Pelo menos não tivemos que nos separar dessa vez. – Ao comentar isso, a ruiva beijou intensamente a morena e elas acabaram tombando de volta no sofá.
- É. – Concordou a morena em baixo da ruiva.

O pequeno comentário de Audrey fez uma memória a muito esquecida voltar aos poucos. Apenas para fazer com que elas sentiam uma pela outra ficar mais forte.

Fim.