quinta-feira, 22 de agosto de 2013

[Fanfic - AKB48] Começou num casamento | Capítulo 4

Começou num casmento

Capítulo 4


Todas olharam para os rapazes ao mesmo tempo. Até mesmo Minami, que estava tão distraída comendo. Os três rapazes sorriram esperando por uma resposta. Cada uma estava perdida em seus próprios pensamentos.

"Claro! Fique a vontade para sentarem onde quiserem." Takamina respondeu de forma polida. Ela foi a primeira a escapar de seus devaneios.

"Obrigado!" O membro mais alto curvou a cabeça ligeiramente. "A propósito, sou Riku!" A mesa era redonda com dois lugares vagos e um espaço para se colocar outra cadeira. Ele sentou numa cadeira vaga ao lado de Yuko. Do outro lado da garota esquilo estava Sayaka, que sentou ao lado de Haruna para proteger a garota de sua amiga pervertida. Ao lado de Haruna estava Atsuko.

"Sou Kai. Osu!" O membro mais baixo disse. Ele não pôde fazer seu movimento legal com a mão porque estava ocupado segurando o prato. Colocou o prato na mesa, pegou uma cadeira próxima e a colocou no espaço entre Atsuko e Mayu.

"Kuu~su! Osu!" Disse o membro do meio. Ele sentou na cadeira vazia entre Minami e Takamina. Do outro lado de Minami estava Sae, seguida de Yuki e Mariko. Jurina e Rena estavam entre Mariko e Riku. Para fechar o círculo, Takamina estava ao  lado de Mayu. Após alguns segundos, Takamina reparou em algo que a assustou ainda mais. Os pratos de Miichan e Kuu tinham basicamente a mesma quantidade de comida.

"Woah! Kuu! Você come tanto quanto a Miichan!" Ela disse impressionada, fazendo uma cara engraçada.

"Quê?! Algum problema com isso? A comida parece boa e Kuu está faminto." Kuu disse inclinando a cabeça. Ele tinha esse estranho jeito de falar em terceira pessoa. Então pos-se a comer alegremente.

"Nada. Coma o quanto quiser. Kayo-chan ficará feliz em te ver aproveitando a festa." Mariko disse sorrindo gentilmente. Suas amigas sabiam o motivo de sua mudança súbita de comportamento. Kuu era o favorito de Mariko.

"Sim! Yuuhi disse que podemos aproveitar a comida livremente!" Miichan disse com a boca meio cheia de comida. Kuu também era seu favorito, mas agora ela estava se preocupando com a comida.

"Miichan! Olha as boas maneiras!" Sayaka lhe censurou. "Sabe, é rude falar com a boca cheia."

"Tudo bem. Deixe-a. Estamos todos nos divertindo aqui." Riku disse com um sorriso. Sayaka corou. Estava claro que ele era seu favorito.

"Sim, sim! O Kuu aqui faz isso com frequência." Kai disse com um sorriso provocador.

"Mou! Que mentira!" Kuu protestou com a boca cheia de comida. Todos riram exceto Minami, que corou junto com o rapaz. Kuu terminou de mastigar a comida e a engoliu antes de voltar a falar. "Então meninas, Kuu quer saber qual membro do Persona é seu favorito." Ele colocou mais uma porção de comida em seu garfo enquanto esperava pela resposta.

"Eu! Eu!" Yuko ergueu a mão energeticamente. Ela realmente lembrava um esquilo quando agia dessa forma. "Eu gosto dos três, mas Riku é o meu favorito!" Riku sorriu e agradeceu.

"Eh! Essa garota pervertida também gosta do Riku?" Haruna meio que reclamou.

"UN! Ele é alto, gentil e um cavalheiro! E ele é charmoso! É o único cara que eu namoraria!" Yuko terminou seu discurso dando a Riku um sorriso vitorioso. O rapaz corou e respondeu com um sorriso resplandecente.

"Yuko! Pare de constranger o rapaz!" Sayaka a repreendeu. Yuko lhe olhou raivosa.

"Cala a boca, gorila! Não consigo acreditar que não tem coragem de dizer isso a ele você mesma!" Yuko retrucou numa voz esganiçada. Riku ficou mais vermelho do que já estava. Sayaka também corou, e então fez uma cara assustadora para sua amiga. Yuko vestiu sua expressão de filhote perdido e Sayaka respirou fundo.

"Meu favorito é o Kai." Atsuko disse calmamente. Kai sorriu e fez um movimento estiloso com a mão. Então apertou a mão da jovem que estava ao seu lado.

"O meu é o Kai também!" Takamina disse corando um pouco. O rapaz, que estava separado de Takamina apenas pelo assento de Mayu, lhe estendeu a mão apara um cumprimento. A garota a apertou timidamente.

"Eu vou de Riku!" Sae disse com seu usual sorriso animado. Kuu estava por chorar. Existia alguém naquela mesa que gostava dele? "Não se preocupe, Kuu. A Mariko aqui gosta muito de você!" Sae disse dando um tapinha no ombro de Mariko por trás de Yuki. Mariko corou. Kuu lhe analisou de forma minuciosa.

"Obrigado!" Agradeceu sorrindo. Então se virou para Sae. "Hmm, ela é meio assustadora, e tão alta..." Esse comentário fez Mariko se lembrar de alguém que conhecia.

"Oh! Entendo o que quer dizer! Ela é uma alta e assustadora múmia anciã!" Minami disse excitadamente. Então olhou para Mariko com uma expressão malvada. Aquilo fez Minami se sentir melhor depois de uma manhã tão estressante. Ela conseguira comer muita comida gostosa, e agora provocar Mariko, ambas as coisas lhe ajudavam a superar o estresse.

"Fica quieta, Gachapin!" Mariko gritou. Era visível raiva em seu rosto.

"Esqueça essas duas, Kuu. Elas estão agindo assim a manhã toda." Interrompeu Yuki. "Eu gosto do Kuu! Amo seu lado animado e brincalhão." Yuki disse de forma dramática.

"Também gosto do Kuu." Mayu lhe deu um sorriso amável. Era um pouco estranho lhe ver sorrindo daquela forma na frente de muitas pessoas. "Acho que você provem muito entretenimento."

"Yay! Kuu está feliz agora!" Kuu estendeu uma mão aberta a Mayu e eles as bateram. "E você, macaca que está se pendurando na garota-princesa?" Kuu perguntou a Jurina, levando todos ao riso.

"Ei! Esse era meu tipo de frase!" Minami reclamou.

"Perdeu sua chance!" Kuu respondeu dando a língua a Miichan. Minami replicou da mesma maneira. Jurina encarou os dois. Ela estava um pouco chateada com o apelido que o rapaz lhe dera.

"Se deu mal! Eu gosto do Kai. Tenho certeza que ele nunca me chamaria de macaca. Ele é legal demais pra isso!" Jurina disse infantilmente.

"Eu gosto do Kai também. Gosto de como ele é honesto com seus sentimentos." Rena disse corando. Riku e Kuu riram. Kai corou furiosamente. As meninas ficaram um tanto confusas.

"Sabe, Kai pode ser um monte de coisas. Como quando ele fala sem pensar primeiro e coloca a nós três em problemas. Mas honestidade com seus sentimentos é algo que ele não tem." Riku explicou enquanto Kuu continuou rindo. As garotas olharam para o membro mais baixo do Persona tentando entender o que Riku quis dizer. Kai se levantou rápido.

"Obrigado pela comida! Estou cheio! Com licença!" Ele se afastou da mesa com seu prato pela metade. Todos se entreolharam confusos.

"Mou, que desperdício de comida..." Minami e Kuu suspiraram ao mesmo tempo. Outra onda de riso invadiu a mesa.


Após todos terminarem suas refeições, cada um decidiu o que queria fazer. Sayaka, Yuko, Takamina e Mayu subiram para trocarem-se para roupas de banho. Os rapazes também foram se trocar. Os ternos que vestiam eram quentes e tinham de guarda-los para o show. Minami queria comer sobremesa. O resto das garotas queria descansar depois do almoço. Todos concordaram em se encontrar na sala de estar para decidir o que fazer.

Quinze minutos depois, todos se encontravam lá. Sayaka foi a primeira a descer as escadas. Ela estava arrastando Yuko consigo, para evitar que a jovem mexesse nos pertences de Haruna. A mais alta usava camiseta branca larga e comprida com estampas florais. A garota esquilo usava apenas um short jeans e um biquíni cor pastel. Fora uma cena muito engraçada: Sayaka com expressão zangada arrastando Yuko, que reclamava que só queria checar as coisas da Nyannyan. Quando Yuko se deu conta de que já estavam na sala de estar, corou furiosamente sob os olhares confusos de todas. Mayu apareceu do nada perguntando o que tinha acontecido. Ela estava usando um maiô azul cobalto com um traçado branco translucido em forma de coração. Por cima da roupa de banho usava um vestido de crochê. Depois do choque, Sayaka respondeu.

"Yuko fazendo o de sempre." Mayuyu apenas deu um "OH" como retorno e foi para o assento vago mais próximo. Takamina era a última garota faltando. Ela desceu as escadas se desculpando pelo atraso. Ela usava uma saia rosa claro e uma camiseta com design de laço. Agora elas tinham que esperar pelos rapazes.

As meninas não esperaram muito. Os três ídolos desceram as escadas juntos. Aos olhos das garotas, eles caminhavam em câmera lenta, esbanjando todo seu charme em roupas casuais. Kai usava um bermudão verde escuro com uma camisa laranja sobre uma camisa branca de mangas compridas. Riku usava calças de ginástica preta com uma camisa vermelha de gola 'v' com as mangas dobradas. Kuu usava calças de ginástica azul marinho com uma camisa tipo marinheiro de mangas compridas. Quando eles finalmente chegaram ao andar principal, uma voz animada disse.

"Legal! Vocês parecem um grupo de Super Sentai!" Era Mayuyu. Takamina sorriu com o pensamento de a amiga estar se acostumando com todos os rostos novos.

"Obrigado!" Kuu disse. "Então, o que faremos agora?"

"Kuu! Vou comer waffles. Quer me acompanhar?" Minami perguntou ao rapaz. O jovem abriu um sorriso largo.

"Mas você acabou de almoçar, Gachapin gulosa!" Mariko provocou. Minami apenas lhe deu a língua. Mariko rolou os olhos.

"Não é justo! Quero passar tempo com Kuu também!” Mayuyu e Yuki disseram ao mesmo tempo. Elas se olharam corando ligeiramente.

"Por que não vamos os cinco comer waffles?" Kuu sugeriu.

"Concordo!" Minami, Mayuyu, e Yuki disseram juntas. Mariko apenas se perguntou se ela estava incluída, já que ele dissera cinco.

"Bom! Vamos! Ei você, mulher alta. Você não vem?" Kuu perguntou a Mariko. Ela suspirou e se levantou pensando que 'mulher alta' é mais gentil que 'múmia anciã'. Kuu, Mayuyu, Yuki e Mariko foram para a varanda e sentaram a uma mesa enquanto Minami foi a cozinha pedir a empregar para levar os waffles.

"Quero dar uma volta na praia." Kai disse.

"Eu também queria fazer isso! Eu vi um rochedo ao longe. Deve ter uma caverna lá." Takamina disse animada.

"Parece divertido. Estou dentro!" Atsuko pensou que isso era melhor que deitar numa esteira para pegar sol e esperar lhe jogar areia de novo.

"Vamos também, Rena-chan! E das rochas tem uma vista legal!" Jurina disse agitada. Rena reparou que Jurina estava entrando no modo super velocidade. Ela sabia o que teria que fazer para acalmar a garota, mas ela não queria fazer aquilo. Então ela apenas assentiu em concordância. Os cinco caminharam para fora da casa direto para a praia.

"Quero brincar na praia..." Riku disse timidamente.

"Yey! Vamos lá!" Yuko segurou o braço de Riku e correram em direção à praia. Ela queria brincar na praia também, e quanto mais rápido chegarem lá, mais diversão eles teriam. Sae riu da cena; Sayaka balançou a cabeça negativamente; Haruna se sentiu um pouco estranha, apesar de não saber o por que. Elas acabaram seguindo os dois.

Yuko arrastou Riku, passando pelo grupo de Kai e seguiu direto para onde ela encontrara Minami mais cedo naquela manha. Tudo ainda estava lá: a bola, as esteiras, e o guarda sol. A garota se virou para o rapaz esperando o próximo passo. Riku soltou seu braço da pegada de Yuko e caminhou calmamente para o oceano. Com os pés sentiu a temperatura da água. Não estava gelada; não estava quente; estava com a temperatura perfeita.

"Geez, Yuko! Você corre muito rápido!" Sayaka disse se aproximando com Haruna e Sae.

"É porque a diversão não vai esperar por nós!" Yuko disse com voz esganiçada.

Ótimo! E o que vamos fazer agora?”Sae perguntou.

"Vamos entrar na água!" Yuko disse balançando os braços. Sae, Haruna e Sayaka concordaram, mas Riku estremeceu.

"Hmm... Vão vocês garotas. Eu vou ficar aqui apenas molhando meus pés..." Riko disse hesitante.
"Por quê? Você tem que entrar também! É mais divertido com todos!" Yuko lamentou. Então algo cruzou sua mente. "Não me diga que não sabe nadar?"

"Ummm..." Riku entrou em pânico. "Sim! É isso! Eu não sei nadar!" Não é que ele não sabia nadar, Ele sabia, na verdade. Era apenas que se ele se molhasse, elas veriam que...

"Não acredito!" Yuko usou um tom esganiçado novamente. "Posso te ensinar! Posso te ensinar!"

"Tudo bem. Você não precisa fazer isso." Riku insistiu.
"Deixe-o, Yuko. Vamos. Deixe-me te molhar!"

Sayaka disse carregando Yuko sob um braço. Ela entrou na água e atirou Yuko ao fundo. A garota esquilo gritou e se contorceu no ar. Ela bateu na superfície da água espirrando água para longe. Haruna, Riku e Sae estavam ficando preocupados porque Yuko estava demorando muito para voltar a superfície. Mas Sayaka sabia que com a força que usara sua amiga deve ter ido bem fundo. Para o alivio de todos, a cabeça de Yuko apareceu na superfície e ela começou a gritar palavras ininteligíveis. A medida que ela nadava em direção ao grupo, eles começaram a entender.

"Sayaka! Sua gorila louca! Espera só ate eu pegar você! Eu vou te matar!"

Quando Yuko chegou, todos estavam rindo. Ela sentou para recuperar as energias. Assim que ela melhorou, levantou-se e começou a perseguir Sayaka. Yuko perseguiu Sayaka até a água e a empurrou. Sayaka sentiu a não tão gélida água sobre seu corpo e relaxou. Ela encostou delicadamente no fundo arenoso e se levantou automaticamente. Seu cabelo estava sobre seu rosto, então ela movimentou a cabeça, jogando os cabelos para trás, espirrando água até encontrar-se pesadamente as costas.

Sae viu a cena de forma diferente. Com a boca ligeiramente aberta, ela assistiu Sayaka se levantar lentamente. Sua blusa estava encharcada e grudada em seu corpo. Isso revelava seu corpo bem torneado com belas curvas. Quando Sayaka virou a cabeça, o tempo retardou ainda mais. Todas as gotas d’água ao seu redor brilharam com a luz do sol. Sayaka colocou uma mão na cintura.

"Mou! Yuko, você poderia ao menos ter esperado eu tirar a blusa. Agora está completamente molhada." Sayaka disse não exatamente brava.

"A culpa é sua. Você poderia tê-la tirado enquanto eu tomava fôlego. Você sabia que eu iria correr atrás de você." Yuko apenas deu de ombros. Sayaka suspirou e começou a tirar sua blusa.

Mais uma vez, Sae viu aquilo de uma forma diferente. Ela assistiu cada centímetro do corpo de Sayaka ser descoberto com um sorriso no rosto. Não faltava nada. As gotas d’água brilhavam. Sae pensou que Sayaka era uma mulher extremamente sensual. E que aquele biquíni preto com estampa de margarida lhe caía muito bem. Haruna e Riku assistiram a reação de Sae com certa admiração. Haruna sabia que poucas mulheres conseguiam colocar aquela expressão estúpida no rosto de sua amiga. Sayaka saiu da água e colocou sua blusa em cima do guarda sol para seca-la. Então reparou em Sae.

"Você está bem, Sae?"

"Ótima..." Ela respondeu com uma voz rouca.

"Vamos! A água está ótima!" Sayaka disse empurrando gentilmente a amiga.

"Venha, Nyannyan!" Yuko caminhou até Haruna e segurou sua mão, puxando a garota para a água. Haruna deixou a garota esquilo fazer o que quisesse, já que não estava sendo apalpada.

Elas todas começaram a jogar umas nas outras. Com todas correndo pela água e rindo, Riku foi convencido de se juntar a diversão. Enquanto ele ficasse sob o sol, ele secaria rápido. Então houve mais risos e água uns nos outros. Então eles começaram a brincar com a bola. Esta estava sendo jogada de forma aleatória, mas na maioria das vezes Sae ou Yuko eram atingidas.

"Mou! Assistir a bola batendo em Yuko não está perdendo a graça." Haruna reclamou.

"Ei, por que não enterramos alguém na areia?" Riku sugeriu.

"Isso parece divertido!" Sae disse animada.

"Yeah! Mas quem?" Yuko perguntou. Os quatro olharam para ela. "NÃO! Por que eu?" Ela protestou de forma estridente.

"Porque és a mais baixa entre nós." Sayaka respondeu.

"NÃO!" Yuko insistiu.

"Se nos deixar te enterrar, Haruna vai te dar um beijo!" Sae sugeriu. Os olhos de Yuko se esbugalharam e ela sorriu.

"Quê?! N..." Haruna começou a protestar, mas Sae lhe lançou um olhar piedoso. "Ok."

"Horaaay! Vocês podem me enterrar!"

Eles começaram a cavar um buraco na areia. Até Yuko ajudou. Então, Yuko deitou no buraco, e Riku, Haruna, Sae e Sayaka começaram a cobrir o corpo de Yuko com areia. Quando terminaram, estava tão apertado que Yuko não conseguia me mover.

"Meu beijo agora, Nyannyan!" Yuko pediu faceira. Haruna se ajoelhou, segurou o próprio cabelo para prevenir que caísse no rosto de Yuko, e beijou o nariz desta. "Mou! Tem que ser nos lábios!" Yuko reclamou.

"Hmm." Haruna fingiu pensar sobre o assunto. "Hoje não! Mas aqui vai um premio de consolação." Então ela beijou a bochecha de Yuko. Haruna se levantou e se afastou. Yuko estava feliz porque ganhara dois beijos em seguida de Nyannyan.

"Cara! To morto!" Riku disse se jogando na esteira que Mariko usara pela manhã. Logo adormeceu. Haruna deitou-se na esteira ao lado de Riku se perguntando por que beijara a esquilo pervertida duas vezes. Sayaka foi nadar até esgotarem suas energias. Sae sentou na ultima esteira e ficou olhando Sayaka.

Enquanto isso, na varanda: Minami trouxe uma empregada com ela. Ela sentou entre Kuu e Mariko. A empregada estava empurrando um carrinho cheio de waffles quentes, diferentes tipos de calda, mel, pratos, talheres, e guardanapos. Ela colocou um prato na frente de cada um na mesa, seguidos pelos talheres e os guardanapos. Ele arrumou elegantemente os waffles, as caldas e o mel à mesa. Havia um recipiente para cada sabor.

"Parece delicioso!" Kuu disse, sentindo o bom aroma.

"Está! Experimentei uma com calda de blueberry na cozinha!" Minami disse com um sorriso. 'Que criança!' foi a única coisa a qual Mariko conseguiu pensar. Kuu, Mayuyu e Yuki também sorriram.

Eles começaram a se servir. Antes de se retirar a empregada disse que se quisessem mais, eles deveriam balançar um pequeno sino que deixara na mesa. Assim que começaram a comer, seus sabores favoritos estavam decididos. Mariko gostou da calda de maçã, Mayuyu gostou da de morango, Yuki gostou da de uva, e Minami e Kuu, apesar do fato de que ambos experimentaram de cada calda disponível, preferiram mel. De vez em quando suas mãos se encontravam no caminho para o pote de mel. Minami estava tentando ser gentil com seu ídolo favorito, mas isso estava se tornando um incomodo. E todos os waffles disponíveis na mesa foram comidos.
"Vamos pedir mais!" Kuu disse com a boca cheia de waffles parcialmente mastigados. Então Mayuyu balançou o sino. Mariko viu um homem de meia idade, o pai de Yuuhi, caminhar para a varanda antes de se deitar num divã, perto de sua mesa. Yuki olhou para Mayuyu e viu seu rosto sujo com calda. Ela sorriu abertamente.

"Mayuyu, você parece uma criança com o rosto cheio de calda." Yuki disse enquanto sorria, limpando o rosto de Mayuyu com o guardanapo. Ela segurou o rosto da garota com uma mão e a encarou bem de perto. "Isso é tão fofo!"

"Você não precisa fazer isso, Yuki." Mayuyu disse corando.

"Hey, pode me chamar de Yukirin." Ela se aproximou ainda mais." Só pessoas fofas podem me chamar de Yukirin." Sussurrou. Mayuyu corou ainda mais.

"Então... Yukirin... Será que dá pra para de fazer isso?"

"Fazer o que? Oh! Isso é calda de uva?" Yuki perguntou cheirando um ponto roxo na bochecha de Mayuyu. "É sim!" Então, ela lambeu a calda seca no rosto da outra garota. Mayuyu estremeceu. Ela não estava acostumada com esse tipo de coisa.

"Isso!" Ela virou para encarar Yuki e seus narizes se encontraram. Seus lábios estavam a uma distância de poucos centímetros. Yuki estava considerando muitas coisas em sua mente quando a empregada chegou com seu carrinho cheio de waffles e refis de calda. Elas viraram seus rostos em direção à mesa, tentando não demonstrar o quão afetadas estavam por conta daquela posição embaraçosa.

E então, os cinco voltaram a comer. Para cada waffle que Mariko, Mayuyu ou Yuki comiam, Minami e Kuu comiam três. Mais uma vez, a batalha silenciosa entre Kuu e Minami pelo pote de mel começou. Cada vez que Kuu alcançava o pote, Minami o estava colocando do seu lado da mesa, e vice versa. Mas houve uma vez que quando Minami tocou o pote, sentiu uma mão diferente. Era uma mão magra e fina. Minami olhou para a dona da mão: Mariko.

"Eu quero usar!" Minami disse.

"Eu também. E minha mão o alcançou primeiro. Só vai demorar um minuto. Seja paciente." Mariko disse erguendo a mão que segurava o pote de mel.

"Não! Sabendo o quão má és, pode acabar usando todo o mel!" Minami retrucou, tentando alcançar a mão de Mariko.

"Não seja idiota! Não sou uma gulosa como você!" Mariko estava tornando as coisas difíceis para Minami. Miichan se esticou por cima de Mariko, diminuindo a distancia entre elas.

"Velhota! Por favor! ‘Me dá’ o mel!" Elas estavam tão próximas agora que podiam sentir a respiração uma da outra. Mariko estava provocando Minami com os olhos.

"É tão bom ver que as duas estão se dando tão bem!" Disse uma voz feminina vinda de trás de Minami e Mariko. As duas viraram suas cabeças antes de rapidamente voltar à posição normal.

"Kayo-chan!" Mariko estava surpresa. Lá estava o casal anfitrião do fim de semana.

"Yuuhi!" Minami não pode pensar em nada mais para dizer.

"Ficando louca pelo mel? Isso é tão você!" Yuuhi disse rindo. "Mariko, não ligue pra essa garota, ela é apenas uma criança." Ele disse, passando a mão no topo da cabeça de Minami.

"Eu não sou criança! Eu tenho um emprego! Você sabia disso?!" Minami retrucou um pouco chateada.

"Que bom, Minami!" Ele disse sorrindo.

"Aqui está seu mel, Minegishi-san." Mariko disse esntregando a Minami o pote, fingindo ser boa.

"Obrigada, Shinoda-san!" Minami pegou o pote e se serviu. Elas pareciam que queriam rasgar a garganta uma da outra.

"A propósito, eu queria apresentar os rapazes a Kayo-chan. Posso ver que Kuu está aqui, mas onde estão os outros dois?" Yuuhi perguntou, mudando de assunto.

"Kuu não sabe onde estão Riku e Kai. Nós viemos para cá antes deles decidirem o que queriam fazer." Kuu respondeu depois de engolir um pedaço grande de waffle.

"Ok, Kuu. Essa é minha mulher, Kayo. Querida, esse é Kuu do Persona" Yuuhi apresentou um ao outro.

"Kuu~su! Osu!" Esse era seu cumprimento personalizado. Ele sorriu para a mulher.

"Sou Kayo. Muito prazer em te conhecer." Ela inclinou a cabeça de forma respeitosa.

"Bem, encontraremos os outros mais tarde na festa." Yuuhi disse. Então ele notou algo. "Oh! Otou-san está dormindo aqui! Por favor, não se importem se ele começar a roncar. Com licença." Ele disse com um sorriso. E então o casal já tinha sumido novamente. Os se olharam entre si, se perguntando por que isso importava.

Pela terceira vez, eles pediram mais waffles. Por sorte, a empregada trouxe o refil para o mel. Com o pote cheio, não havia a preocupação de acabar e a batalha começou novamente. Mayuyu, Yuki e Mariko estavam impressionadas pela quantidade de comida que os dois ainda conseguiam comer. Nessa terceira rodada, as três moças comeram apenas dois waffles cada. Mas Kuu e Minami ainda comiam a toda velocidade.

A competição atingiu o clímax quando os dois seguraram o pote ao mesmo tempo. Eles pareciam que queriam se matar. O pai de Yuuhi roncou um pouco alto atrás deles. Kuu e Minami apertaram sua pegada. Levantaram-se, lutando pela posse do mel.

"Eu segurei primeiro!" Kuu disse.

"Eu segurei primeiro!" Minami disse. 'Foi um empate.' Yuki, Mariko e Mayuyu pensaram, assistindo a cena  um pouco divertidas.

Os dois continuaram discutindo, para frente e para trás, indo cada vez mais rápido. Eles apertaram ainda mais o pote. Então ouviram um 'pop' e a tampa de pote voou pela varanda junto com seu conteúdo pegajoso. A tampa bateu no chão com um pequeno barulho, mas o mel se espalhou por toda a perna esquerda do pai de Yuuhi. Ele roncou mais alto. Kuu e Minami congelaram. Os olhos de Mariko, Mayuyu e Yuki se arregalaram. Eles apenas ficaram ali, sem palavras.

Após alguns segundos, Mayuyu perguntou, "O que você vão fazer agora?"

Minami olhou para sua amiga, então para a perna do homem. Uma feição perversa apareceu em seu rosto. Ela olhou para Kuu e ele pareceu entender a garota. Eles colocaram o pote na mesa, esquecendo a competição. Kuu lambeu seu dedo onde tinha um pouco de mel.

"O que?" Mariko perguntou. Ou ela não tinha entendido ou não queria entender.

"Alguém aí tem um lenço?” Minami perguntou do nada.

"Aqui." Kuu colocou sua mão limpa em seu bolso e entregou a Minami seu lenço.

"Isso vai ser engraçado, mas acho que seria melhor ficarmos afastadas." Mayuyu disse a Yuki. Yuki segurou a mão de Mayuyu. 'Vai ser engraçado só pra você, e talvez para aqueles dois...' Yuki pensou.

Mariko se ajeitou em sua cadeira. Minami e Kuu se aproximaram do homem adormecido. A garota desdobrou o lenço. Então, cuidadosamente colocou-o sobre a perna do homem e esperou o mel ser absorvido pelo tecido. O homem resmungou algo. Kuu e Minami se entreolharam e silenciosamente contaram até três. Cada um segurou uma ponta do lenço e puxaram de uma vez. O mel na perna grudou nos pelos, então quando eles puxaram o lenço, os pelos foram arrancados.

"MINAMI!!!" O homem acordou numa mistura de dor medo e raiva. Ele se levantou em um movimento com uma expressão indescritível. Minami e Kuu fugiram gargalhando escandalosamente. Mariko de um pequeno sorriso. Ela tinha que admitir que foi um pouquinho engraçado. Os olhos de Yuki se arregalaram. Ela apertou mais a mão de Mayuyu, mas quando viu a garota rindo, ela abaixou a cabeça e riu escondido. O homem, ainda confuso, correu atrás de Minami e Kuu.
 
Enquanto isso, o grupo de Kai se dirigia a praia. Eles viram Yuko arrastar Riku por eles. Fora uma cena um tanto engraçada. Riku estava com uma expressão desesperada. Momentos depois, Haruna, Sayaka e Sae alcançaram o grupo. Eles se cumprimentaram e riram, conversando sobre o comportamento de Yuko. Então, as três seguiram reto e o grupo de Kai virou para o oeste. Eles caminhavam junto à praia.

Falaram sobre o que gostavam e o que não gostavam, do tempo e de muitas outras coisas. Todos falaram, até Rena, que era a mais tímida do grupo. Atsuko reparou que a altura da Takamina era quase a mesma que a de Kai, talvez um ou dois centímetros mais baixa. Ela sorriu com esse pensamento. Jurina estava olhando constantemente para as conchas na praia e mostrando-as a Rena.

"Rena! Olha!" Jurina correu faceira em direção a jovem, segurando algo. "É uma concha gêmea em forma de coração! Não é uma gracinha?" Rena concordou sorrindo. Jurina estava segurando uma concha bivalve rosa claro com listras marrons aleatórias. Tinha provavelmente dois centímetros de comprimento. Jurina guardou a concha em seu bolso e continuou caminhando.

"Ei, Kai!" O rapaz olhou para Atsuko. "Qual a sua altura?" Ele estava intrigado com a pergunta.

"Tenho exatamente um metro e meio. Por quê?" Atsuko sorriu. "Que? Não me diga que sou baixo para um garoto, porque sei que sou!" Ele disse, corando.

"Por nada. Eu acho fofo! Eu só estava pensando que você e Takamina são mais ou menos da mesma altura." Atsuko explicou.

"Que?!" Takamina olhou para Kai. Ela não tinha se dado conta de que era apenas um pouco mais baixa que o ídolo. "Eu tenho um metro e quarenta e oito centímetros e meio..." Ela balbuciou. Então corou.

"Não se preocupe, Takamina. Eu acho que isso é realmente amável." Atsuko disse, abraçando a mais baixa por trás. A garota corou ainda mais. Ela ficou silenciosamente grata pelo abraço ter sido curto.

Eles notaram que a praia era realmente particular. Quanto mais eles caminhavam para longe da casa, mais a área se tornava selvagem. Havia um campo com grama espessa e árvores espaçadas. Logo. Eles alcançaram o rochedo que avistaram não tão longe da casa. Takamina e Jurina correram alegremente para as rochas. Kai queria correr também, mas pensou que como um cara, ele tinha que manter a compostura. Atsuko e Rena observavam as garotas excitadas com um sorriso.

Os cinco subiram o rochedo e encontraram uma vista maravilhosa. Não muito longe no oceano tinha uma parede de corais. Aquele devia ser um bom ponto de mergulho. Cracas cresciam pelas rochas até onde as ondas podiam constantemente passar por elas. Pequenos animais marinhos corriam de um lado para o outro, se escondendo em pequenos buracos. Nuvens também podiam ser vistas no céu. Eles atravessaram o rochedo, e após descer do outro lado, Jurina viu uma caverna.

"Uma caverna! Vamos explora-la!" Jurina gritou. Ela desceu mais rápido e parou em frente a entrada da caverna. Um curto caminho podia ser visto, mas ele virava para a esquerda no final. Alguns momentos depois, os outros estavam ao seu lado.

"Vamos lá! Eu não acho que vá ter algum animal perigoso aí dentro." Kai disse, caminhando para dentro. As garotas não puderam evitar que não segui-lo.


Rena segurou o braço de Jurina. Ela tinhaum pouco de medo de lugares escuros como aquele. Atsuko caminhou próximo a Takamina. Não é que ela tivesse medo; ela só queria ter alguém para agarrar se algo acontecer. Depois da curva a direita, o caminho se inclinou para baixo e o chão começou a ficar um pouco úmido, assim como as paredes. Após alguns minutos de caminhada, eles chegaram numa caverna ampla, com um lago e paredes cheias de minerais que cintilavam com a luz que brilhava através do lago. A luz do sol estava entrando por uma fenda a qual não podiam ver. Era uma visão surpreendente.

Do lado de fora, uma nuvem densa cobriu o sol. Do lado de dentro, o ambiente secreto escureceu. Kai ainda estava surpreso para reagir. Rena agarrou Jurina pela frente. Atsuko fez o mesmo com Takamina. O coração de Jurina estava acelerado. Ela não pensou. Elas eram mais ou menos da mesma altura, mas Rena era um pouco mais alta. Não foi difícil para Jurina encontrar os lábios de Rena. Ondas de eletricidade acariciaram seu corpo enquanto ela abraçava gentilmente a outra. Rena se espantou com o beijo repentino. Sua mente ficou em branco. Seu coração bateu mais rápido do que ela jamais penou que poderia. O que poderia ser essa sensação?

Atsuko segurou Takamina tão apertado que a mais baixa mal podia respirar. Acchan era bem mais alta que Takamina. Após alguns segundos de se remexendo, a mais baixa conseguiu fazer com que a mais alta afrouxasse o abraço. Agora ela podia pensar na situação em que se encontrava. A primeira coisa que reparou foi que sua cabeça estava entre dois pontos macios. Ela achou que eram suaves e macios. Era uma sensação boa. Era esse o motivo de Yuko gostar tanto disso? Um calafrio lhe desceu a espinha. Sua cabeça estava entre os seios da Acchan! Ela congelou. Atsuko sentiu a necessidade de apertar a garota em seus braços. Ela só queria roubar a outra e transforma-la em um travesseiro para que pudesse abraça-la todos os dias.

A nuvem cobriu o sol por alguns segundo, mas para as jovens, pareceu uma eternidade. Assim que a luminosidade retornou ao ambiente, Rena ficou roxa e correu para fora da caverna. Atsuko soltou Takamina, Mas a garota não parecia estar acordada, apesar do fato de que seus olhos estavam amplamente abertos. Jurina correu atrás de Rena. Kai caminhou para fora calmamente. Atsuko segurou Takamina pelo braço e a arrastou para fora. Jurina encontrou Rena sentada silenciosamente numa rocha, olhando para o mar. Ela se sentiu um pouco culpada sobre o beijo. Como a outra agiria com ela depois aquilo? Não muito tempo depois, os outros três se juntaram as duas e eles caminharam de volta para casa. Foi uma jornada silenciosa.

Após o que pareceu ser uma longa caminhada, eles chegaram onde o grupo de Riku estava. Riku dormia numa esteira. Haruna tomava sol, deitada de barriga para baixo. Yuko estava enterrada na areia com  um expressao estúpida no rosto. Sae olhava o mar sem piscar. Sayaka nadava, mas parecia que ela já estava terminando seu exercício. O grupo decidiu voltar para seus respectivos quartos para descansar. Estavam próximos a casa quando Kai sentiu um calafrio estranho em seu corpo. Ele parou para esfregar os braços.

"Você está bem?" Atsuko perguntou. O rapaz parecia bem durante a caminhada.

"Sim! Isso só acontece quando..." Kai parou. Seria verdade? Sem chance!


"Kaaaaaiiiiiiii!" Gritou uma mulher alta de branco com cabelos longos e sedosos enquanto pulava no membro mais baixo do Persona.

Capítulo 4 - fim.

sábado, 10 de agosto de 2013

[Fanfic - AKB48] Começou num casamento | Capítulo 3

Começou num casamento


Capítulo 3


Aquilo era uma ilusão? As garotas não conseguiam acreditar que os três famosos ikemen estavam a sua frente. Mesmo com o escândalo recente envolvendo o membro mais alto, os rapazes ainda eram populares entre elas. Estavam a ponto de gritar quando...

"Acalmem-se, garotas..." A voz de Yuuhi ecoou por de trás delas. "Era para ser surpresa." Então duas mulheres apareceram por de trás dos rapazes: uma mulher de preto com um corte de cabelo estranho e uma mulher com cabelo curto frisado.

"Bom dia, Senhor..." Começou a mulher de preto.

"Por favor, chama-me de Yuuhi."

"Senhor Yuuhi. Sou Saeko Kamonohatsu, Presidente da Agência Kamonohatsu," Disse a mulher de preto. "E esta é minha secretária."

"Sou Marilyn." A outra mulher disse com um sorriso brilhante acenando.

"É um prazer te encontrar pessoalmente."

"Bem, vamos entrar para falar sobre o show de hoje. Venham, rapazes!" Disse a presidente. Os meninos passaram entre as garotas sorrindo e cumprimentando com aceno de cabeça. As meninas apenas os encararam incrédulas.

"Oh! Quase esqueci. Vocês parecem já ter feito amizade umas com as outras, então eu gostaria de pedir para que dividissem seus quartos com as garotas que acabaram de chegar. Peça a mim ou a Kayo se precisarem de lençóis, cobertas, ou colchonetes."Após dizer isto, Yuuhi entrou na casa seguindo os três ídolos.

As doze garotas pestanejaram. Essa coisa toda de Persona fora o sonho antes do pesadelo. Silenciosamente, elas colocaram a bagagem das recém-chegadas de volta na mala e decidiram ir para a varanda, onde havia um amplo espaço ocupado por alguns bancos de madeira e cadeiras. Havia também almofadas largas espalhadas pelo chão. Minami sentou no banco seguida de Mayu, Sayaka, Yuko (que estava sendo segurada pela mais alta ao seu lado), e Takamina. Mariko sentou em uma cadeira de um assento. Sae sentou-se em outra cadeira com Yuki em seu colo. Jurina, Rena, Atsuko, e Haruna sentaram-se juntas nas almofadas.

"Então, temos que decidir quem vai dormir com quem." Jurina disse com um sorrisinho olhando para Rena.

"Vou ignorar seu comentário, projeto falho de Don Juan." Mariko respirou fundo. "Temos quatro quartos para doze de nós. Alguma sugestão?" Ela perguntou assumindo a liderança.

"Se dividirmos igualmente, serão três por quarto." Mayu disse imparcial.

"Vamos manter os pares originais?" Yuki queria saber.

"É uma possibilidade." Mariko acenou com a cabeça.

"Não! Eu quero dormir com a Rena-chan de novo hoje a noite!" Protestou Jurina. Rena corou. Minami lançou-lhe um olhar. "E... Eu quero dizer, se ela quiser...”

"Não é justo! Eu quero dormir com Nyannyan também!" Yuko se debateu nos braços de Sayaka.

"Eu não quero dormir com você, obrigada. E é Haruna!" Haruna disse se escondendo atrás de Atsuko.

"Não se preocupe, Haruna, eu vou te proteger." Atsuko disse acariciando a cabeça da garota, que sorriu vitoriosa.

"Certo. Então Yuko não fica no quarto da Haruna e da Acchan." Mariko estava mediando a discussão.

"Ano... eu não me importo em dormir no mesmo quarto que Jurina. Só quero que ela durma bem essa noite..." Disse Rena timidamente.

"Mas eu dormi muito bem noite passada, obrigada." Jurina protestou. As outras a estavam lhe olhando com curiosidade.

"Sabe, Jurina, dormir amarrada com um lençol não me parece muito confortável." Minami caçoou. E então começou a rir. Sae, Yuki, Yuko, Haruna e Atsuko também riram. Mayu sorriu de forma irônica. Sayaka levou uma mão ao rosto. Takamina franziu a testa tentando não imaginar o que poderia ter acontecido. Mariko respirou fundo.

"Acho que ela não teria dormido assim se Miichan não estivesse trancada no quarto com a Mariko, já que Miichan é a colega de quarto de Jurina." Disse Atsuko, provavelmente pensando alto.

"E elas pareciam estar se divertindo." Haruna acrescentou.

"Yeah! E tiveram uma manhã ocupada." Yuki disse com um sorriso assustador. Mariko e Minami coraram furiosamente. As garotas que eram amigas de longa data de Mariko pensaram que era uma cena interessante e rara. As amigas de Minami ficaram um pouco surpresas, já que não sabia que sua amiga vivaz era desse jeito.

"Como vocês sabem sobre isso?" Mariko perguntou encostando-se ao assento enquanto cruzava pernas e braços. Ela não parecia contente.

"Bem, eu, Yuki, Acchan e Haruna voltávamos para nossos quartos noite passada, e ouvimos barulhos vindo de trás de uma porta." Sae começou abraçando Yuki e encostando a bochecha no braço dela. "Aproximamo-nos e escutamos atentamente. Reconhecemos a voz de Mariko e depois a da Miichan. Havia risadas altas e barulhos estranhos. Eu achei que vocês estivessem tendo aquele tipo de diversão e arrastei as outras pra longe. A porta ao lado estava aberta e vimos Jurina pedindo a Rena para dormir lá e explicando o motivo. Fomos para nossos quartos antes que as duas nos notassem." Sae finalizou com um sorriso.

"E também pela manhã," Yuki continuou. "quando nós quatro no encontramos para o café da manhã, o corredor estava cheio com suas vozes." Mariko estava ficando vermelha num misto de raiva e vergonha. Minami já havia passado do ponto de ficar vermelha e estava roxa.

O que acontecera era algo muito pessoal para ser compartilhado assim. Mariko começou a duvidar da veracidade de sua memória. Havia algo ao qual não conseguia se lembrar? Ela começou a entrar em pânico. Ela não tinha nada contra Minami, mas a garota não era exatamente seu tipo. Todo aquele jeito desajeitado e bobo era irritante, mas um tanto fofo. Isso atraía Mariko de alguma forma, apesar dela odiar admitir. E acima de tudo, elas tinham, de fato, interagido pela primeira vez no dia anterior. Finalmente, havia o fato dela ainda estar apaixonada por Kayo.

Minami queria encontrar um buraco no chão e se esconder lá. Já que não podia, apenas escondeu o rosto por de trás das mãos. Minami não conseguia se lembrar de coisa alguma. Ela não tinha como pensar em argumentos para contestar o que havia sido dito. Ela começou a se perguntar se a casa inteira ouvira todo o barulho de mais cedo. Ter este tipo de relacionamento com uma mulher realmente nunca lhe passara pela cabeça, mesmo ela tendo o costume de brincar com Yuko e as outras. Todos os seus pensamentos românticos estavam direcionados a Yuuhi. E agora ela tinha sido arrastada para essa situação com uma pessoa que ela mal conhecia. Uma pessoa se deu conta de que se a discussão continuasse por esse caminho, elas passariam o dia inteiro falando sobre isso.

"Então meninas, podemos voltar para o assunto principal?" Takamina interveio, ficando de pé. Todas olharam para ela um pouco surpresas. "Quem quer dormir com quem? E, por favor, não interpretem mal minha pergunta.."

"Quero ficar no quarto da Rena-chan!" Jurina ergueu uma mão.

"Quero ficar no quarto da Nyannyan!" Yuko ergueu duas mãos.

"Eu não quero isso!" Haruna protestou.

"Nós ficaremos felizes em dividir nosso quarto com você, anã." Sae disse sorrindo amplamente.

"Quem você está chamando de anã?!" Takamina perguntou furiosamente. Então respirou fundo, pois alguém tinha que direcionar a discussão. E com Mariko ainda furiosa com a provocação das outras, ela sentia que tinha que fazê-lo.

"Okay, eu sei. É Takamina. Desculpe." Sae disse não exatamente se sentindo assim.

"Eu não me importo com o quarto em que vou passar a noite, mas alguém tem que tomar conta de Yuko e Jurina." Mayu disse numa voz neutra. Ela só queria aproveitar a festa. Onde passaria a noite realmente não lhe importava.

"Mou, Mayuyu! Eu consigo tomar conta de mim mesma!" Jurina corou.

"Você está certa, Mayuyu." Sayaka começou. "Eu tomo conta da Yuko, já que ela é a que precisa de força bruta para se lidar." Ela suspirou.

"Hey! Parem de falar de mim como se eu fosse um animal indomável!" Yuko protestou fazendo cara de filhote perdido.

"Você é um animal indomável!" Takamina, Mayuyu e Sayaka disseram ao mesmo tempo. Yuko fez outra cara, mas foi completamente ignorada.

"Então, Jurina, Rena e Mayuyu no mesmo quarto?" Takamina perguntou. As três assentiram. "Certo, quarto um decidido. Sae, Yuki e eu em outro quarto?"

"Se não se importar, está tudo bem." Yuki respondeu e Sae confirmou com um aceno de cabeça.

"Certo. Quarto dois decidido. Atsuko, Haruna, Yuko e Sayaka em um quarto?" Takamina continuou.

"Eu não quero!" Haruna tinha opinião forte sobre a ideia. Yuko estava por chorar.

"Tudo bem, Haruna. Deixe estar. Com Sayaka lá, tenho certeza que ela não vai tentar algo." Haruna assentiu, sabendo que sua amiga iria lhe proteger. Atsuko então olhou para Takamina. "Pode me chamar de Acchan. Tenho plena certeza que depois de hoje todas seremos boas amigas."

"Tudo bem, ahm... Acchan." Takamina corou um pouco. Chamar alguém pelo apelido pela primeira vez sempre a deixava um pouco tímida. Então, vocês quatro num quarto. Terceiro quarto decidido. Então..." Ela olhou para as duas que sobraram: Miichan e Mariko.

"Não, não, não..." As duas começaram.

"Desculpe garotas. Mas vocês são as únicas que sobraram. Vocês vão dividir o quarto. Vocês têm que." Takamina estava saturada do assunto. Além do mais, era apenas uma pequena vingança por todas as peças que Miichan já lhe pregara.

Mariko suspirou profundamente. "Tudo bem. Acho que mais uma noite com a garota Gachapin não deve fazer mal." Suspirou ficando de pé. "Vamos. Não quero perder mais do meu precioso tempo com essa discussão estúpida." E em seguida caminhou para detro da casa.

As outras se entreolharam um pouco confusas. Elas também se levantaram. No caminho de volta para o carro da Sayaka para pegar as bagagens novamente, Yuko tentou assediar Haruna, mas Sayaka a segurou. Ela resistiu, mas após alguns momentos desistiu. Yuko se deu conta de que ela teria mais chances durante o dia. Jurina também tentou se pendurar em Rena, mas Mayu passou entre elas olhando para Jurina ameaçadoramente. A mais nova se arrepiou e decidiu apenas caminha perto de Rena.

Takamina pegou sua mala e seguiu Sae e Yuki. Sayaka e Yuko seguiram Atsuko e Haruna. Mayu fez o mesmo com Jurina e Rena. Miichan voltou direto para seu quarto, esperando encontrar Mariko no caminho para discutir quem iria mudar seus pertences. Elas estavam basicamente no mesmo andar; os quartos eram apenas em corredores diferentes. Minami encontrou Mariko colocando sua mala no sofá do quarto que dividiram.

"Não quero mais discutir isso. Já que já usamos esse quarto, faz sentido eu me mudar." Mariko disse parecendo cansada. Minami apenas encarou a mulher mais alta. Após um momento, ela se virou e saiu do quarto. Era isso; ela estava ficando com fome. Por sorte, a empregada anunciou que o almoço estava servido.

Miichan foi a primeira a pegar o prato. Ela o encheu com todas as opções de comida na mesa. Então sentou na mesma mesa que usaram para o café da manhã. Cinco minutosdepois, as outras apareceram, Mariko, Atsuko, Haruna, Sae, Yuki e Rena ficaram espantados com a quantidade de comida. As outras já sabiam que quando Miichan comia muito significa que ela estava chateada com algo. Elas garotas ignoraram Minami e se concentraram em sua própria refeição. Foi então que ouviram uma voz.

"Com licença. Podemos nos sentar com vocês?" O membro mais alto do Persona perguntou. Em cada lado dele estavam os outros dois. Além disso, as três seguravam pratos de comida.

Capítulo 3 - Fim

sábado, 13 de julho de 2013

[Original - Em capítulos] Meeting at a bar | Parte 1

Venho trazer algo novo! Não garanto fazer o update com frequência, mas terminarei o/
Classificação: 16 anos.
Gênero: Yuri, romance, escola, amizade.
Sinopse: Karina muda de cidade e lá encontra um bar exótico. Mas sua primeira amizade na cidade pode acabar se tornando algo inesperado.


Meeting at a bar

Parte 1

Assim que terminei o ano letivo, meus pais resolveram se mudar. Na verdade, já estava tudo certo para a mudança. Eles só tiveram a decência de esperar eu ser oficialmente reprovada antes de partirmos. Tudo que digo é: eu era uma adolescente meio revoltada e acabei ficando um tempo num hospital e perdi muitas aulas.

Nossa casa nova ate que era bem aconchegante. Quatro quartos, uma cozinha enorme, sala com dois ambientes, escritório para meu pai, uma piscina de formato meio indecifrável com churrasqueira, um a área coberta e um quintal verde. Sem contar com a dependência de empregada. Já deu pra perceber que meus pais são ricos. Então eu só poderia ser matriculada na escola mais cara da cidade, pois isso é sinal de qualidade. É o que eles pensam. Mas eu nem sabia qual era o nome da escola que se encaixava nesse perfil. Não me interessava, só queria saber desse assunto quando ele realmente fosse inadiável.

Passei os três primeiros dias arrumando o quarto para que parecesse meu. No quarto dia saí para uma caminhada matinal. A vizinhança era calma, como o esperado de um bairro de gente rica. Mas em quarenta minutos de caminhada eu estava surpreendentemente no centro da cidade. Isso era bom. O dia que eu quisesse sair a noite não teria problemas em voltar sozinha.  Aproveitei para conhecer as atrações do núcleo da cidade. Muito de tudo e de nada e um cinema. Menos mal. Resolvi voltar. A vinte minutos de casa, vi uma porta peculiar. Lembrava porta de tavernas do século XVIII. Recanto dos esquecidos era o que estava entalhado na porta. Bem abaixo havia escrito: 22hrs. Isso despertara minha curiosidade e o único jeito era voltar as dez.

Satisfeita com minha descoberta, passei o resto do dia cantarolando. O que causou certo espanto aos meus pais. As dez em ponto saí de casa dizendo que ia dar uma volta. Acho que ficaram preocupados, mas não me impediram de sair. A noite vinha com uma brisa gelada que chegava a arrepiar a espinha. Caminhei tranqüilamente os vinte minutos que me separavam daquela porta curiosa. Havia duas tochas, uma em cada lateral da porta agora aberta. Ela dava para um pequeno corredor que terminava em uma portinhola. A cada passo que dava em sua direção, meu coração acelerava de excitação.

Ao passar pela portinhola, me deparei com um ambiente de iluminação media e decoração rústica. Era um ligar diferente de tudo que eu já tinha visto. Musica num estilo medieval tocava ao fundo, mas de forma alguma provocava sonolência. Fiquei surpresa com o número de pessoas presentes no bar, mas preferi não prestar atenção nelas. Fui direto para o balcão do bar e pedi uma taça de vinho só para combinar com o lugar.  O cara grande, gordo e barbudo do outro lado fez cara feia, mas me entregou a bebida em uma taça de metal.

Voltei a reparar a minha volta e meu olhar acabou se cruzando com o de uma mulher que achei magnífica. Nossos olhares permaneceram um no outro até nos aproximarmos automaticamente. Ela também estava ao balcão. Sorrimos uma para a outra. Ela tinha um sorriso lindo. Tinha nariz fino e olhos de um azul gelo impressionantes, apesar da pele temperada. Cabelos castanho acobreados emolduravam-lhe o rosto em duas tranças. Vestia saia e tomara que caia. Não quis reparar em seu sapato. Queria alguém pra conversar e não pra seduzir, então puxei o assunto.

- Boa noite. Poderia me recomendar um aperitivo para a bebida? - Perguntei simpática e sem segundas intenções. Mesmo assim, não consegui tirar os olhos dela.

- Queijo. Sugiro provolone. - Respondeu serena. - Um dos meus favoritos. - Acrescentou com um sorriso de canto de boca.

- Adoro queijo. - Não estava conseguindo não flertar e ela não estava avisando. Verei para o tiozão e pedi. - Uma porção de provolone, por favor.

- Victor. - Disse a mulher ao meu lado.

- Seu nome é Victor? Que máximo! Seria muito legal se você estivesse criando um ser feito de partes humanas nas horas vagas! - Saiu sem querer, mas foi de coração. Mas adoro esse personagem. O envolvido em questão riu e agradeceu o elogio(?). E a mulher ficou me olhando de forma curiosa. Será que a assustei?

- Adoro Frankenstein também! É uma literatura bem tensa, mas é ótima! - Nossa! Hoje em dia ainda tem gente que conhece esse livro?! Que não acha que é apenas filme de terror batido. Ela estava toda animada.

- Sim! Adoro o estilo da autora. - Respondi com igual entusiasmo. Com isso, ficou claro que passaríamos a noite falando de literatura. Não tardou e a porção de provolone chegou. E não demorou muito a acabar. Então pedimos mais uma dose e mais uma porção. E assim seguiu de fato até o clarear do dia. Victor gentilmente nos avisou que já estava quase na hora de fechar. Pagamos nossas contas, onde eu insisto por pagar as porções. Ela não estava em muito boas condições para me negar isso. Fazendo uma analise interna, nem tontura sentia. É isso que faz um coma alcoólico em uma pessoa. Já a mulher parecia que ficaria completamente tonta se andasse ate a porta. O que era irônico porque ela parecia ser mais velha que eu. Adoro quando estou certa. Antes mesmo de chegarmos a porta, ela se apoiou em mim. Por estar tão perto, pude sentir seu cheiro misturado ao do vinho. Respirei fundo e contei ate dez. Não era justo me aproveitar de uma pessoa bêbada.

- Então, onde você mora? Vou te acompanhar porque você não está em condições de ir sozinha.

- Moro pra lá. Num condomínio. - Apontou para a direção de minha casa. Será que ela mora perto de mim? - É nessa rua mesmo... - Sua voz estava meio inconstante. Se ela não apagasse, me diria qual era o condomínio. Caminhei a direção de casa tentando mantê-la acordada com conversa. A dez minutos de caminhada aproximadamente, avistei um condomínio de esquina com a rua que eu dobrava pra ir pra casa. Já em frente, anunciou ser onde morava e agradeceu.

- De nada... Como se chama? - Só então me dei conta de que passamos a noite conversando sem termos nos apresentado.

- Elizabeth. - Gosto desse nome. Sorri.

- Muito prazer, Liza. Me chamo Karina, mas duvido que se lembre quando acordar. Precisa de ajuda pra entrar?

- Não precisa, obrigada, Rin. - Gostei do apelido, só não sei de onde ela o tirou.

- Certo. Bom dia então. - Coloquei levemente uma mão em seu pescoço e me aproximei. Antes que ela pudesse ter algum tipo de reação, beijei-lhe a testa. Liza ficou parada por um tempo. Será que meu gesto a despertou? Instantes depois, ela sorriu e entrou. Depois de ter certeza de que ela já estava dentro de casa, segui meu caminho.

Cheguei em casa e meu pai já estava acordado para ir trabalhar. Ele continua trabalhando na cidade de onde nos mudamos. Minha mãe também, mas o emprego dela a permite trabalhar em casa. Desejei bom dia aos dois que estavam na cozinha e fui direto pro meu quarto, dormir. Foi um sono sem sonho, mas meu primeiro pensamento ao acordar foi Liza.


O cheiro do almoço invadiu meu quarto e me dei conta de que estava com fome. Coloquei roupa de ficar em casa e fui ate a cozinha.  Lá encontrei uma senhora que nunca havia visto na vida. Provavelmente alguém que a mãe contratou para os afazeres domésticos. Fui educada, perguntei seu nome e me apresentei. Disse para chamá-la de Dona Eugenia. E informou que em breve o almoço estaria pronto. Comi uma maçã enquanto esperava e puxei assunto com a senhora.

Parte 1 - Fim

domingo, 30 de junho de 2013

[Original - Em capítulos] Kinjirareta Asobi | O parque de diversões - Especial 3


O parque de diversões


Há um dito popular que diz que se você não tentar o que deseja nunca saberá se terá uma resposta negativa ou positiva. Na época em que Emilie e Camille eram apenas amigas, Emilie pensava freqüente mente nele. Mas reprimia essa ideia por que temia perder aquela amizade, já que demorara a restabelecer seu estado psicológico. Porém a vida é um labirinto onde não se sabe o que vem após cada curva. O labirinto de Emilie teve um curva, após vários quilômetros em linha reta, quando conheceu Camille. E ela mal sabia que naquele escuro caminho, onde seguia tateando as paredes, encontraria uma curva diferente.

Era mais um dia normal na escola, mas a apartir do momento que a diretora passou através da porta da sala de aula de Camille e Emilie tudo se modificou. A diretora apareceu na sala com feições tensas e preocupadas, procurando por Camille. Esta se espantou. As duas foram conversar em particular. Um certo tempo se passou desde que saíram, então Emilie decidiu procurar a amiga:
- Professor, posso ir ao banheiro? – Perguntou.
- Pode, mas não demore. – Respondeu o professor. Emilie sabia exatamente aonde ir e não estaria mentindo para o professor. Era aquele banheiro perto da escada, o lugar peferido de Camille para assuntos pessoais. Ao chegar lá, Emilie encontrou o lugar, aparentemente, vazio. Mas ela conseguia ouvir soluços vindos de um dos reservados.
- Nossa, Camille está demorando. O que será que aconteceu? – Perguntou-se em voz alta, abrindo a torneira para fingir lavar as mãos. Era uma tática que sempre funcionava se quisesse saber quem estava no reservado.
- Emilie, é você? – Perguntou uma voz fanhosa.
- Sim. E você? – Quis saber, mas em tom de brincadeira.
- Sou eu. – Respondeu Camille abrindo a portinha. Emilie se espantou ao ver a amiga chorando, com o rosto vermelho e molhado.
- Camille... O que aconteceu? – Perguntou aproximando-se.
- É que...... minha avó, ela faleceu... – Camille voltou a chorar compulsivamente.
- Ah!Eh... Eu não sei o que dizer... Meus pêsames... – Ao dizer isso abraçou a outra, que estava sentada, e ficou acariciando a cabeça da amiga. As lágrimas não paravam de rolar e eram secas pela blusa de Emilie. Esta já estava se desesperando por não conseguir fazer nada. – Por favor, pare de chorar. Se não vou chorar também. – Mas Camille nada respondeu. Desesperando-se por completo, Emilie, com os polegares, secou as lágrimas de Camille e beijou seus lábios. Para surpresa de Emilie, seu beijo não fora recusado. Quando se separaram, viu que a amiga demonstrava confusão. – Me desculpe! Perdão eu não queria.... Só estava me sentindo inútil perante a situação... – Ela não concluiu pois Camille saltara para seus braços, beijando-a novamente. Elas iriam ao chão se não fosse a parede. A essa altura Camille já passara os braços pelo pescoço de Emilie. Esta ficou assustada por ser beijada repentinamente pela pessoa que amava secretamente.


Camille não sabia que aquele ordinário dia em sua vida seria cheio de surpresas. Quando viu a diretora em sua sala de aula, logo percebeu que algo sério acontecera. Sua sala era uma das mais tranqüilas de toda escola, não havia motivo obvio para a presença da diretora ali. Antes de ouvi-la chamar seu nome, Camille teve um mal-estar. Após acompanhar a distinta senhora, ela percebeu que a situação era grave:
- Senhorita Camille, sinto ser portadora de tais notícias, mas devo lhe informar que recebi uma ligação de sua mãe avisando que sua avó faleceu esta manhã. – Informou finalmente a diretora.
- A..... – Sem mudar a expressão, lágrimas começaram a rolar involuntariamente dos olhos de Camille. – Obrigada por avisar. Poderia eu permanecer fora da classe por mais algum tempo?
- Disponha do tempo que precisar. Com licença. – Respondeu e saiu deixando Camille com sua tristeza.

A principio, Camille fora para a escada, mas se ficasse lá as pessoas perguntariam o motivo do choro. Decidiu que o banheiro era o melhor lugar. Depois de muito chorar, Camille escuta alguém entrar no tal banheiro. Conseguiu prender o choro, mas não conseguiu parar de soluçar.
- Nossa, Camille está demorando. O que será que aconteceu? – Perguntou uma voz conhecida a Camille.
- Emilie, é você? – finalmente falou.
- Sim. E você? – Perguntou Emilie sem esconder o tom brincalhão.
- Sou eu. – Respondeu Camille abrindo a porta do reservado, onde se encontrava sentada sobre a tampa do sanitário, e encontrando uma amiga com feições preocupadas.
- Camille... O que aconteceu? – Perguntou aproximando-se.
- É que...... minha avó, ela faleceu... – Revelou voltando a chorar desesperadamente.
- Ah!Eh... Eu não sei o que dizer... Meus pêsames...- disse abraçando a amiga e ficou a afagar sua cabeça. Camille sentiu que não precisava de mais nada. Ela poderia ficar ali, nos braços da amiga, chorando eternamente. - Por favor, pare de chorar. Se não vou chorar também. – Camille não conseguiu dizer uma palavra. Ela reparou quando Emilie secou suas lágrimas com os polegares, mas não conseguiu processar o que aconteceu depois. Aqueles lábios que tanto desejava possuir novamente estavam colados nos seus. Era exatamente como conseguia se lembrar. - Me desculpe! Perdão eu não queria.... Só estava me sentindo inútil perante a situação... – Camille não queria ouvir desculpas, ela só queria possuir mais e mais aqueles lábios. Não se controlando, saltou para os braços de Emilie e a beijou fervorosamente. A parede parou o que seria uma queda ao chão.


No dia seguinte, todos já sabiam que a senhora avó da Camille havia falecido. Muitos apenas por interesse diziam sentir por aquela morte. Emilie e Camille agiam como se nada tivesse acontecido. No enterro havia muita gente, pessoas que Camille nunca vira na vida. Emilie estava lá, segurando a mão de Camille. Os pais desta não gostaram muito da presença dela, mas aquela senhora que jazia agora naquele túmulo simpatizava com a jovem. Camille chorava silenciosamente enquanto aquelas pessoas estranhas falavam sobre sua avó. Quando o caixão foi descido para a cova, Camille abraçou Emilie, encostou a cabeça um pouco acima do colo, pois elas eram quase da mesma altura, e desabou a chorar e soluçar silenciosamente. Emilie, igualmente em silencio, a consolava e afagava sua cabeça com a mão que estava livre.

Os dias passavam. A lembrança daquele fatídico dia atormentava a mente das duas, porém continuavam a agir como se isso fosse insignificante. Emilie já não conseguia se controlar como antes e depois de pensar arduamente decidiu contar o que sentia.
- Camille, preciso te contar algo muito importante. – Disse Emilie subitamente. Estavam na escada sozinhas, um momento raro, já que todos ficavam com elas por serem bem populares e Francis estava de caso com uma garota líder de torcida.
- Importante... Isso parece sério. Pode falar. – Respondeu sorrindo, mas internamente estava tremula e seu coração batia apressadamente.
- É que não é algo que se possa falar aqui... – Continuou Emilie enrubescendo e mexendo freneticamente as mãos.
- Entendo. Onde você gostaria de conversar isso, então? – perguntou tentando parecer tranquila.
- Eu não sei... Por que você não escolhe? Só não pode ser um lugar muito cheio... – Respondeu tentando olhar para Camille.
- Já sei! Depois da aula nós vamos a um parque de diversões! – Anunciou animadamente.
- Mas...
- Vai ser ótimo! – Antes que Emilie pudesse protestar o sinal para voltar à sala tocou.

Ao final das aulas as duas partiram para o parque de diversões da cidade. Lá elas se divertiram, riram, brincaram. Emilie não entendia porque Camille escolhera aquele lugar que a cada minuto ficava mais cheio. Quando perguntou, ouviu que a outra apenas queria ir lá. Ao entardecer, Camille arrastou Emilie para a roda gigante. Esta se viu em uma cabine razoavelmente grande sozinha com Camille. Esta era sua chance.
- Camille, é muito importante o que tenho pra te dizer, pelo menos pra mim. – Começou Emilie.
- Estou ouvindo. – Respondeu olhando pela janela.
- Sinto muito, eu pretendia esconder isso de você para sempre. Até que “aquilo” no banheiro da escola aconteceu. – Emilie estava nervosa e seu coração batia mais rápido que nunca. Mas sentia-se meio decepcionada por Camille não parecer interessada no que ela estava dizendo. Esta olhava o cenário do lado de fora da cabine, justamente por não conseguir olhar para Emilie. Seu coração acelerava a cada palavra que escutava, porém sua expressão continuava imóvel. – Eu t...Venho sentindo isso a muito tempo... Eu te amo, há muito tempo. Eu gosto de você com todas as forças do meu ser. Até aquele dia consegui me controlar, mas ver você chorar daquela forma... eu não resisti.... – Camille escutava tudo atentamente e sentia-se feliz por finalmente ser capaz de escutar aquela declaração, mas ainda não tinha coragem para olhar para Emilie. Esta estava começando a se sentir ignorada, já que sua amada não a olhou u,a vez sequer. – então vou entender se não quiser ser mais minha amiga. Vou sim... – Camille começou a rir subitamente e então olhou para Emilie finalmente. Emilie corou.
- Hehe sua bobinha. – Deu um sorriso e parecia corada. – Eu nunca seria capaz de te odiar por causa disso. Por que eu odiaria a pessoa que me é mais cara? – Emilie ficou confusa. Camille se aproximou. E ela o fez em silencio. Parou a frente de Emilie, acariciou sua face. – Ah!Como eu gosto de você. – Ao dizer isso a beijou. A luz alaranjada do crepúsculo passava livremente pelas amplas janelas.
- Eu...
- Não diga nada. Já estava na hora de acontecer. – Camille sentou-se ao lado de Emilie, apoiou a cabeça nos ombros dela e segurou sua mão. Ficaram assim até a roda gigante dar a volta completa.
- Camille, você quer namorar comigo? – Perguntou Emilie , um pouco antes do funcionário abrir a porta.
- Quero. – Respondeu sem ao menos para pensar. Ao mesmo tempo em que Camille beijou suavemente a face de Emilie o funcionário do parque abriu a porta. Elas saíram de mãos dadas, cada uma com um sorriso no rosto. Aproveitaram o resto do que sobrava do dia.

A partir deste dia, Emilie nunca mais andou sozinha pelo labirinto chamado vida. Agora ela andava de mãos dadas num labirinto conjunto com a pessoa que mais amava.


Capítulo Especial 3 - Fim

[Original - Em capítulos] Kinjirareta Asobi | O sonho - Especial 2


O Sonho


Uma pergunta rondava a cabeça de muitas pessoas. Como Camille, uma garota bonita, com boa posição social e que vivia cercada de garotos, fora se apaixonar por Emilie, outra garota? A resposta para esta pergunta era um mistério, até mesmo para Camille, apenas aconteceu. Mas ninguém perguntava como ela descobrira tal sentimento dentro de si. Isto ocorreu há quase dois meses após o fato do carnaval.

Camille acordou no meio da noite, assustada. Ela tivera um sonho, o sonho mais estranho da sua vida. Perguntas invadiam a sua mente. Porque tivera esse tipo de sonho? E com sua melhor amiga? Atordoada, ela sentou na cama. ao olhar para o lado, viu a sua amiga dormindo tranquilamente, alheia ao acontecimento. Emilie já dormira várias vezes ao seu lado, mas naquela noite Camille sentiu algo diferente. Talvez esse "algo diferente já estivesse dentro dela a algum tempo, ela só não queria entender o que era. Agora, ela queria e muito.

A cada momento que ela olhava para Emilie, via flashes de seu sonho. Um segredo inaudível, umas risadinhas, mãos dadas. Emilie soltou um suspiro e ficou de lado, com as costas viradas para Camille. Mais um fragmento. Uma casa, um grande quintal onde procuravam por algo, um fervoroso beijo secreto, uma porta, uma pessoa. Emilie se mexeu novamente, voltou-se para Camille, que enrusbeceu levemente. Outro 'flash'. Um quase flagrante, sua avó, a porta do quarto. Uma cama, outro beijo, escuridão. Uma luz, calor, braços envolvendo seu corpo, nudez, beijo, uma declaração, uma resposta. E Camille acorda assustada. A princípio, Camille não entendera o que acontecera no sonho. Mas, aos poucos, ela começava a compreener o ocorrido. Aos poucos, só lhe restou uma dúvida. Por quê? E esta também lhe foi respondida, só que alguns dias depois.

Camille passou dias pensando no sonho. Emilie percebeu que a amiga estava diferente, mas pensou que fosse estresse, pois a escola estava fazendo os alunos de escravos com os preparativos para a culminância de um projeto. Devido ao tal projeto, elas não estavam conseguindo ficar juntas muito tempo. Nos raros momentos que a dupla conseguia se unir, sempre vinha alguém interromper. Mas naquele dia não fora uma pessoa qualquer, fora o garoto considerado mais lindo da escola, Pierre:
- Emilie, gostaria de saber como está o andamento do cenário? - Pertguntou. E sem esperar resposta, foi explicando - Porque o grupo de teatro está querendo ensaiar no auditório.
- Já está quase pronto. Quando terminarmos mando alguém os avisar. - Respondeu Emilie soirrindo. Camille se incomodava ao ver os dois conversando.
- Com licença, preciso ir a um lugar. - Interrompeu Camille e retirou-se. Ela ficou observando Pierre e Emilie conversarem. Não sabia o motivo, mas estava sentindo um ódio mortal de Pierre, vendo que ele nunca a fizera nada. "Sim", pensava Camille. "Sim, ele fez. Não, está fazendo. Está conversando com a MINHA Emilie!" - resmungou sem perceber . "Quem sabe ele não quer roubá-la de mim?" - especulou. De repente, Camille se deu conta de tudo o que pensara. Percebera que tivera uma crie de ciúmes. Mas não era um ciúme qualquer, era aquele que se sente quando se inveja o outro por estar com a pessoa que lhe é cara, desesperadamente. Aquele que te faz desejar que a pessoas que amas com todas as suas forças não fique com mais ninguém além de ti. Camille soltou uma gargalhada e chegou a sua conclusão. Todos no pátio olharam para ela, mas ela não se importou, pois o único pensamento que preenchia sua mente era: "Eu gosto dela, eu a amo." Finalmente entendera o que o sonho queria lhe mostrar. Agora, a única dificuldade que Camille teria era a de contar tal coisa a Emilie.

Bendita seja a pergunta que ninguém faz. Pois é ela que explica o que as pessoas não querem saber. Talvez elas não as pronuncie porque ficariam espantadas com a simplicidade da resposta. E são as coisas simples que complicam a mente dos seres humanos, principalmente adultos preocupados apenas com status e afins...


Capítulo Especial 2 - Fim