Kinjirareta Asobi
Capítulo 6
Quando estavam no meio daquela
explosão de sentimentos, novamente algo aconteceu. Não era o cheiro do café da
manhã, que de fato estava entrando no quarto, mas sim, era alguém batendo a
porta:
- Meninas, o café da manhã está
pronto. Apressem-se. – Disse, calmamente, a mãe.
Dessa vez, não fora um banho de
água fria, mas um passeio a dois pelo ártico com roupas de banho.
- Já vamos. – Disse Emilie com a
voz rouca. Voltou-se para Camille, que se encontrava bem abaixo dela.. – Você
está bem? Consegue se levantar?
- Estou...bem. Mas...não consigo
me levantar... minhas pernas não me obedecem. – Respondeu, tentando se
recompor. Levou as mãos tremulas a cintura de Emilie. – Fica mais um pouco, até
me recuperar... – Sem dizer uma palavra, Emilie deixa-se cair suavemente sobre
o corpo de Camille e ficou a ouvir as batidas aceleradas de seu coração. Elas
ficaram assim por um bom tempo, em silêncio. Até que:
- Emilie, vamos nos trocar?
- Vamos. – Respondeu Emilie, se
levantando. – Quanto tempo acha que ficamos daquele jeito?
- Eu não sei.
- Só quero ver se a minha mãe vai
nos deixar tomar café depois de todo este tempo.
- Haha! Por que diz isso?
- Porque ela é uma pessoa que
acredita que o café da manhã tem que ser tomado na hora certa, e, com certeza
já passamos da hora.
- Entendo. Lá em casa não é
assim...
Sem comentar o ocorrido, elas
trocaram de roupas. Apareceram na sala e não encontraram a mesa do café da
manhã. Uma mãe simpática e apressada apareceu na sala:
- Bom dia! Como vocês demoraram!
Pensei que não vinham mais. O “lanche” de vocês está dentro do forno. Como já
passava da hora, resolvi tirar a mesa. – Disse elétrica.
- Bom dia.
- Bom dia, mãe.
Emilie vai a cozinha buscar o
“lanche” e se depara com o lençol de sua cama em sua área de serviço e seu pai
mexendo nos produtos de limpeza.
- Bom dia, querida.
- Bom dia.
- Ah, Desculpe-nos o barulho e
esta intromissão.
- Tudo bem. Ah! Misto-quente,
quero dizer, ‘misto-morno’.
- Haha, pois é.
Emilie ficou curiosa por saber o
motivo de seu pai estar mexendo nos produtos de limpeza. Deviam ter sujado
algo. O quê? E com o quê? Ao se fazer estas perguntas e lembrar da noite,
desistiu de perguntar. Lembrou-se da frustração que sentira mais cedo naquela
manhã. Fora a segunda vez, Emilie odiava se sentir assim. Só um bom café da
manhã com uma boa companhia para se sentir melhor. Voltou à sala levando o
“lanche”. As duas comeram satisfeitas. Não tardou e os pais de Emilie
anunciaram a partida:
- Bem, realmente precisamos ir.
Temos uma reunião marcada para o horário de almoço. – Disse o pai.
- Realmente gostaríamos de ficar,
mas temos umas coisas para resolver ainda hoje. – Continuou a mãe.
- Camille, foi um prazer lhe
conhecer. Cuide bem da nossa filha. – Concluiu o pai.
- Até breve. – Saudou a mãe.
- Até mais. – Responderam as
duas.
Em pouco mais de cinco minutos
encontraram-se, novamente, a sós naquele pequeno e aconchegante apartamento.
Apesar de fazer um belo dia, não quiseram sair. Então foram à locadora mais
próxima e alugaram o pacote promocional de filmes. Para o almoço, ligaram para
um ‘delivery’. Passaram o dia vendo filmes abraçadas no sofá. Ao final da
tarde, Emilie anuncia:
- Ah! Acho que vou tomar banho!
- Hm... Vou depois.
- Certo. O que você acha de
sairmos depois?
- Ótimo! Já estou cheia de ficar
aqui dentro.
Camille ficou assistindo aos
extras do último filme que assistiram. Emilie realmente precisava daquele
banho. Ela sentiu suas energias descendo pelo ralo junto com a água que
escorria do seu corpo. Camille fora avisada de que o banheiro estava livre por
uma Emilie suavemente molhada trajando um roupão. “Ela fica muito sexy com
cabelos molhados e roupão.” Pensou Camille. Que passou o seu banho pensando no
que acontecera de manhã, talvez por isso demorara deveras no chuveiro. Ao sair,
ela reparou que o apartamento estava silencioso e achou isso muito estranho.
Enrolada na toalha, fora no quarto do guarda-roupas e não havia sinal de que
Emilie estivera por lá. Então reparou na porta do quarto de dormir e viu um
volume na cama. Quando chegou mais perto, viu Emilie dormindo profundamente.
Camille começou a olhar Emilie dormindo e a reparar em pequenos detalhes. O
roupão de Emilie estava entreaberto mostrando metade do corpo e as curvas que,
quase sempre, ficavam escondidas por roupas meio largas. Camille olhava Emilie
com tanta obsessão, que os objetos do quarto desapareceram. A única coisa que
ela enxergava era Emilie. Esta estava em uma posição tentadora, seus braços
estavam dobrados para cima e as pernas para o lado; o rosto estava meio de
perfil. Seus longos cabelos lisos, dourados e molhados se encontravam,
delicadamente, espalhados pela cama. E para completar a mais perfeita cena
vista pelos olhos de Camille, o crepúsculo penetrava pela janela, dando um tom
alaranjado. Ouvindo um chamado mudo, Camille foi até Emilie e a beijou
intensamente. Aquele beijo transbordando sentimento despertou Emilie de seu
sono.
- Eu estou sonhando?...
- Não. – Respondeu Camille
voltando a beijá-la.
Instantaneamente, as mãos de
Emilie foram para as costas de Camille procurando por alguma roupa, e para sua
surpresa, não havia nenhuma. Camille perdera a toalha em algum momento enquanto
vislumbrava a namorada. Mais uma surpresa para Emilie. As mãos de Camille, que
já estava em cima de Emilie, procuravam desesperadamente arrancar o seu roupão.
Por um tempo, não dava para saber quem era quem. Emilie, finalmente, conseguira
explorar o lugar tão desejado, e o fez de todas as maneiras que conhecia.
Camille se perguntava aonde Emilie aprendera a fazer tais coisas com a boca.
Camille experimentou fazer algumas coisas em Emilie. Ela ficava excitada toda
vez que ouvia um gemido de Emilie. Ela não sabia que brincar assim era tão
gostoso. A cada momento, ela queria mais daquela brincadeira proibida. Muito
tempo depois, ao término de toda aquela sagacidade, estavam molhadas de suor,
mas não sabiam de quem era o suor. Abraçadas, uma de frente para a outra,
ficaram até recuperar as forças.
Capítulo 6 - Fim
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