sexta-feira, 7 de junho de 2013

[Original - Em Capítulo] Kinjirareta Asobi | Capítulo 6

Kinjirareta Asobi 

Capítulo 6


Quando estavam no meio daquela explosão de sentimentos, novamente algo aconteceu. Não era o cheiro do café da manhã, que de fato estava entrando no quarto, mas sim, era alguém batendo a porta:

- Meninas, o café da manhã está pronto. Apressem-se. – Disse, calmamente, a mãe.

Dessa vez, não fora um banho de água fria, mas um passeio a dois pelo ártico com roupas de banho.

- Já vamos. – Disse Emilie com a voz rouca. Voltou-se para Camille, que se encontrava bem abaixo dela.. – Você está bem? Consegue se levantar?
- Estou...bem. Mas...não consigo me levantar... minhas pernas não me obedecem. – Respondeu, tentando se recompor. Levou as mãos tremulas a cintura de Emilie. – Fica mais um pouco, até me recuperar... – Sem dizer uma palavra, Emilie deixa-se cair suavemente sobre o corpo de Camille e ficou a ouvir as batidas aceleradas de seu coração. Elas ficaram assim por um bom tempo, em silêncio. Até que:

- Emilie, vamos nos trocar?
- Vamos. – Respondeu Emilie, se levantando. – Quanto tempo acha que ficamos daquele jeito?
- Eu não sei.
- Só quero ver se a minha mãe vai nos deixar tomar café depois de todo este tempo.
- Haha! Por que diz isso?
- Porque ela é uma pessoa que acredita que o café da manhã tem que ser tomado na hora certa, e, com certeza já passamos da hora.
- Entendo. Lá em casa não é assim...

Sem comentar o ocorrido, elas trocaram de roupas. Apareceram na sala e não encontraram a mesa do café da manhã. Uma mãe simpática e apressada apareceu na sala:

- Bom dia! Como vocês demoraram! Pensei que não vinham mais. O “lanche” de vocês está dentro do forno. Como já passava da hora, resolvi tirar a mesa. – Disse elétrica.
- Bom dia.
- Bom dia, mãe.

Emilie vai a cozinha buscar o “lanche” e se depara com o lençol de sua cama em sua área de serviço e seu pai mexendo nos produtos de limpeza.

- Bom dia, querida.
- Bom dia.
- Ah, Desculpe-nos o barulho e esta intromissão.
- Tudo bem. Ah! Misto-quente, quero dizer, ‘misto-morno’.
- Haha, pois é.

Emilie ficou curiosa por saber o motivo de seu pai estar mexendo nos produtos de limpeza. Deviam ter sujado algo. O quê? E com o quê? Ao se fazer estas perguntas e lembrar da noite, desistiu de perguntar. Lembrou-se da frustração que sentira mais cedo naquela manhã. Fora a segunda vez, Emilie odiava se sentir assim. Só um bom café da manhã com uma boa companhia para se sentir melhor. Voltou à sala levando o “lanche”. As duas comeram satisfeitas. Não tardou e os pais de Emilie anunciaram a partida:

- Bem, realmente precisamos ir. Temos uma reunião marcada para o horário de almoço. – Disse o pai.
- Realmente gostaríamos de ficar, mas temos umas coisas para resolver ainda hoje. – Continuou a mãe.
- Camille, foi um prazer lhe conhecer. Cuide bem da nossa filha. – Concluiu o pai.
- Até breve. – Saudou a mãe.
- Até mais. – Responderam as duas.

Em pouco mais de cinco minutos encontraram-se, novamente, a sós naquele pequeno e aconchegante apartamento. Apesar de fazer um belo dia, não quiseram sair. Então foram à locadora mais próxima e alugaram o pacote promocional de filmes. Para o almoço, ligaram para um ‘delivery’. Passaram o dia vendo filmes abraçadas no sofá. Ao final da tarde, Emilie anuncia:

- Ah! Acho que vou tomar banho!
- Hm... Vou depois.
- Certo. O que você acha de sairmos depois?
- Ótimo! Já estou cheia de ficar aqui dentro.

Camille ficou assistindo aos extras do último filme que assistiram. Emilie realmente precisava daquele banho. Ela sentiu suas energias descendo pelo ralo junto com a água que escorria do seu corpo. Camille fora avisada de que o banheiro estava livre por uma Emilie suavemente molhada trajando um roupão. “Ela fica muito sexy com cabelos molhados e roupão.” Pensou Camille. Que passou o seu banho pensando no que acontecera de manhã, talvez por isso demorara deveras no chuveiro. Ao sair, ela reparou que o apartamento estava silencioso e achou isso muito estranho. Enrolada na toalha, fora no quarto do guarda-roupas e não havia sinal de que Emilie estivera por lá. Então reparou na porta do quarto de dormir e viu um volume na cama. Quando chegou mais perto, viu Emilie dormindo profundamente. Camille começou a olhar Emilie dormindo e a reparar em pequenos detalhes. O roupão de Emilie estava entreaberto mostrando metade do corpo e as curvas que, quase sempre, ficavam escondidas por roupas meio largas. Camille olhava Emilie com tanta obsessão, que os objetos do quarto desapareceram. A única coisa que ela enxergava era Emilie. Esta estava em uma posição tentadora, seus braços estavam dobrados para cima e as pernas para o lado; o rosto estava meio de perfil. Seus longos cabelos lisos, dourados e molhados se encontravam, delicadamente, espalhados pela cama. E para completar a mais perfeita cena vista pelos olhos de Camille, o crepúsculo penetrava pela janela, dando um tom alaranjado. Ouvindo um chamado mudo, Camille foi até Emilie e a beijou intensamente. Aquele beijo transbordando sentimento despertou Emilie de seu sono.

- Eu estou sonhando?...
- Não. – Respondeu Camille voltando a beijá-la.


Instantaneamente, as mãos de Emilie foram para as costas de Camille procurando por alguma roupa, e para sua surpresa, não havia nenhuma. Camille perdera a toalha em algum momento enquanto vislumbrava a namorada. Mais uma surpresa para Emilie. As mãos de Camille, que já estava em cima de Emilie, procuravam desesperadamente arrancar o seu roupão. Por um tempo, não dava para saber quem era quem. Emilie, finalmente, conseguira explorar o lugar tão desejado, e o fez de todas as maneiras que conhecia. Camille se perguntava aonde Emilie aprendera a fazer tais coisas com a boca. Camille experimentou fazer algumas coisas em Emilie. Ela ficava excitada toda vez que ouvia um gemido de Emilie. Ela não sabia que brincar assim era tão gostoso. A cada momento, ela queria mais daquela brincadeira proibida. Muito tempo depois, ao término de toda aquela sagacidade, estavam molhadas de suor, mas não sabiam de quem era o suor. Abraçadas, uma de frente para a outra, ficaram até recuperar as forças.

Capítulo 6 - Fim

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